Conhece a propaganda boca a boca? Sempre falamos que é a mais eficaz, não é? Acontece também com alguns cursos, oficinas e palestras que ocorrem na cidade. Normalmente é deste jeito: - Conhece o trabalho de Fulano? É maravilhoso! - Sabia que terá uma oficina com ele em tal lugar?
Foi desta forma que eu cheguei até a palestra A Arte de Contar Histórias, com a Ana Luíza Lacombe. E confesso que a vontade de conhecer trabalho da facilitadora de pertinho foi a mola propulsora para me tirar de casa. Imagine você, a cidade de São Paulo, numa quinta-feira a noite, onde choveu forte o dia todo? Nem queira pensar! Porque é tudo caótico.
Sai de casa como se um dilúvio fosse cair quando eu chegasse à esquina. Calcei minhas botas já imaginando que se meu jeans molhasse, eu não ficaria gelada. Peguei meu guarda-chuva preto, novinho, com traços abstratos vermelhos. Eu tinha o comprado naquela urgência de você na rua, começar a chover e estar despreparado, entende?
Ao chegar ao hall da entrada do meu bloco, do nada, recomeçou a chover. Parecia birra de São Pedro comigo. E ele ainda me dizia: “Elaine, você não vai. Está chovendo demais!” Só me restou sentar e esperar.
Pacientemente, fiquei sentada no hall esperando a chuva passar. Lembrei-me da música da Ivete: “Quando a chuva passar, quando o tempo abrir, abra a janela e veja eu sou o Sol...” Dez minutos depois, eu já podia sair de casa. Pensamento positivo é tudo!
Peguei ônibus, desci no meio do caminho na chuva, vale salientar. Esperei novo ônibus. Desci na chuva de novo. Eita! Que odisséia chegar ao TUCA. Como diria um amigo: “Você estava com vontade mesmo de chegar lá, não era?” Lógico que sim. Confesso que ando me sentindo meio uma esponja. Estou absorvendo tudo! Sei que você me entenderá.
Encontrei com minha amiga Leda e papo vai, papo vem, tá na hora de começar.
Ah, foram duas horas de magia, de encanto. Ana Luísa é maestrina na Arte de contar histórias. Proposta da oficina foi transmitir sua experiência pessoal na arte de narrar histórias. Suas palavras, dicas, experiências transmitidas de forma envolvente. Pra mim, ficou muito forte a necessidade de entender o aspecto cronológico dos contos. De como surgiram, de sua importância para um povo. De como aquele conto em especial foi transmitido de gerações em gerações. Podem até ter mudado uma passagem ou outra, mas a sua essência ali está. Na sua forma mais natural e encaixada.
Saí de lá com uma pulga atrás a orelha, sabe? Você conhece a história da Branca de Neve? Conhece mesmo? Por sua conta e risco? Hum... Vamos ver? Como é a história que você ouviu/leu ou viu em TV? E se eu te contar que esta versão que você pensou é uma versão modificada pela Disney? Sabemos que existem adaptações. Porém o esqueleto, a base, da história foi mudado. Conhece o original da Branca contada pelos Irmãos Grimm?
Leia aqui e se permita olhar com novos olhos. Como uma criança que nunca ouviu a história antes. Agora que você certamente já leu, conta para mim o que achou? Qual versão você gostou mais?
Só te adianto uma coisa. Adoraria ler a história original com a versão do beijo da Disney. Porque Princesa precisa ser acordada com beijo. Sempre!
Conheça mais da Ana Luisa Lacombe.
Veja também agenda da profissional para outubro. Ela fará novas palestras ainda este mês. Veja aqui.
Veja também agenda da profissional para outubro. Ela fará novas palestras ainda este mês. Veja aqui.
Até a próxima!
Elaine Cunha
Olá amiga,
ResponderExcluirAdorei esta matéria, acredito que a versão dos irmãos Grim seja a verdadeira, pois me lembro que meu pai comprou uma coleção de contos de fadas e minha mãe contava sempre esta versão da história para nós e hoje conto para minha pequena também.
Um grande beijo
Amiga,
ResponderExcluirConhecia a outra versão, pois até dei uma aula quando fazia mestrado.
Adorei o contato com o livro "Psicanálise dos Contos de Fadas" de Bruno Bettelheim.
Ainda bem que os contos foram trabalhados para serem contados às crianças, antes eram "aterrorizantes"...rsrsrsrs
Beijos de admiração por suas descobertas!
Adorei sua sugestão e vou entrar na agenda da Ana Luisa Lacombe para ver novas datas e participar.
ResponderExcluirAproveito para lhe passar um curso muito bem recomendado: A arte de contar e ouvir histórias na contemporaneidade.Eu queria muito ter feito neste semestre mas não foi possível.Acesso o site: www.sedes.org.br, é um curso de expansão cultural, coord por N. Alessandra M. R. Velloso Giordano.
Abraços,
Cris
Cris, fiz contato no site buscando informações sobre o curso. Obrigada pela dica!
ResponderExcluirbeijos
Aline, este livro que você citou já está na minha lista de desejos. :)
ResponderExcluirbeijos