"Quando fevereiro chegar Saudade já não mata a gente..."

Estive num shopping aqui em Recife e vi uma cena que me chamou muita atenção. Algumas mães com suas crianças em plena praça de alimentação lendo livros infantis. Nem pareciam se importar com o barulho ao redor.

Meu pensamento voou... nem precisei arrumar minhas malas, ir ao aeroporto e viajar 3 horas para chegar em casa. Foi assim, rapidinho, como em um estalo que cheguei na ala pediátrica do Cotoxó. Pensei com meus botões: "Hoje eu estaria contando histórias para as crianças"

Dentro de mim existe uma única palavra que só é conhecida no galego e no português. Que é a sétima palavra de mais difícil tradução segundo os tradutores britânicos. Você sabe qual é?

Saudade...

Ah, saudade... Como definir? Não sei. Apenas sinto!

Igual ao Nelsinho Corrêa na sua linda canção que me encanta pela delicadeza dos versos. Poesia pra meus ouvidos!

"Só se tem saudade do que é bom,
Se chorei de saudade não foi por fraqueza,
Foi porque amei.

E se eu amei, quem vai me condenar?
Se eu chorei, quem vai me criticar?
Só quem não amou, quem não chorou,
Quem se esqueceu que é um ser humano,
Quem não viveu, quem não sofreu,
Só quem já morreu... e se esqueceu de deitar"

É assim, tenho saudade do que é bom. Tenho saudade porque é muito bom. Bom para quem lê histórias, bom para que as ouve. Bom para todos!

 "Um pássaro não é definido por estar preso ao chão, mas por sua capacidade de voar." 

(William P.Young, no livro A Cabana)

Até a próxima!

Elaine Cunha

Fonte da Imagem: google.com