segunda-feira, fevereiro 28

Extra! Extra! Saímos no jornal!

Sabe o último Arrastão de Carnaval lá do hospital? 

Tivemos a presença de um repórter fotográfico registrando nossa ação e "voilà"...  Teve uma notinha no jornal Diário de São Paulo. O repórter Rodrigo Ferreira escreveu assim:




Parabéns aos contadores de história do Hospital Infantil Darcy Vargas! Pelo comprometimento, pela doação, pela solidariedade. Ah, não posso também deixar de dizer. Quem aparece na foto ganhando o beijo é a contadora Cristiane Marques.

Se você quiser ver a reportagem online, acessa aqui. A reportagem está na página 28.

Mas só para você saber, não é apenas o arrastão de Carnaval que existe. São realizados normalmente entre 4 a 5 ao ano. Lembra que a Cristiana escreveu aqui no blog na seção Nossas histórias falando sobre o Arrastão de Natal 2010? E já estamos nos movimentando para o próximo!

"Tudo o que você faz na paz, te trará a paz. É na paz que o bem é semeado! "

Até a próxima!
Elaine Cunha

domingo, fevereiro 27

Arrastão da Alegria!

Trim trimmm trimmm
"-Oi
-D. Elaine. Chegou a sua encomenda. 
-Tô descendo!"

Foi assim que a história começou. Sexta-feira, 17h45m chegou meu sedex. Atrasadérrimo, vindo de Recife cheinho de belezuras para meu primeiro arrastão de carnaval no Darcy Vargas.

Minha mãe e duas tiás-avós fizeram a minha fantasia bem pernambucana. Lógico que não podia ser outra: passista de frevo. Não sei dizer quem estava mais ansioso para chegar: minha mãe, minhas tias, meu pai ou eu.


Vestida à carater, lá fui ao Darcy Vargas participar do meu primeiro arrastão. Tudo novo! Gente nova! Hospital novo! Experiência totalmente nova!

Lugar de concentração: brinquedoteca do 4ºandar. Lá, um a um os contadores, foram chegando. Estava começando nosso Carnaval.

Em primeiro lugar, era necessário concluir os kits que seriam entregues as crianças. Tinha óculos de carnaval, colar havaiano, desenhos carnavalescos para pintar, jogo de hidrocor e um urso de pelúcia. Estes ursos foram doados pelo Shopping Bom Sucesso. Mãos à obra, pessoal! Como em um verdadeiro batalhão, dividimos as tarefas e com ajuda do pó do pirlimpimpim... Preparamos rapidinho os 100 kits para presentear as crianças no hospital.


 Agora com os kits prontos, vamos ensaiar as marchinhas?



Agora sim, com tudo em ordem, lá fomos nós. Como verdadeiro arrastão, saímos animados pelos corredores do hospital cantando e dançando. Ontem, nossa missão não era contar histórias, era espalhar alegria, sorrisos, um momento de pura descontração.

 

Visitamos do 5º andar ao térreo, passando ainda pela UTI e Pronto Socorro. Todos juntos, com os tocadores, entregando os kits as crianças. Você pensou: UTI, como assim? Sim, na UTI também tem crianças a espera dos contadores! Entraram apenas duas pessoas: um contador e um tocador. Nem por isso, a alegria foi pequena.

A cada criança encontrada, uma alegria diferente, uma emoção vivenciada. Se você perguntar a cada contador o que mais marcou no dia de ontem, tenho certeza que muitos momentos diferentes serão lembrados. 

Eu, por exemplo, acho que pela primeira vez deixei de lado minha máquina fotográfica. Larguei minha companheira na bolsa e preferi registrar com o coração. 

Vi a alegria pura e sincera de crianças que recebem presentes num lugar que menos esperam.Vi o brilho nos olhos das crianças ao abrir o saco ver a surpresa do que tem dentro. A emoção me toma conta, quando sou parada por uma criança que me fala que adorou ver o palhaço (um dos tocadores que ja tinha passado por ela) e que não deu o beijo nele. Lá fui eu, contar esta pérola ao palhaço-tocador e falo: "Você perdeu uma menina ali dizendo que gosta de palhaço e quer te dar um beijo". Rapidinho o Edson volta lá e a cena é digna de relembrar: o beijo de puro carinho. A menina conseguiu chegar no palhaço e deu seu beijo. 

E encontrar um bebe no colo de sua mãe pulando. Quando a música para, ele não quer parar. Fazendo cara de mal, de quem vai chorar, nem quer se despedir dos contadores. Recomeça a música em especial a ele. Já vemos o Moises dançando novamente. Parou a música. O que ele fez? Cara de mal de novo. A mãe nos acompanhou pelo corredor com seu bebê nos braços. Os reecontramos no Pronto-socorro, que fica no térreo do hospital!

É você ouvir alguém batendo na porta quando escuta nosso ensaio e pergunta o que tá acontecendo. Uma criança, de 7 anos, querendo entrar naquela animação.

 É ver que médicos, enfermeiros e até pais cantam conosco fazendo daquele momento uma descontração total.

Sabe, eu descobri que por mais detalhe que eu te conte aqui, não chegará nem perto da emoção que vivi. Mais um dia de agradecer! 

Ontem foi um dia super gratificante. Posso resumir em algumas palavras: ALEGRIA, AMOR, DOAÇÃO, SOLIDARIEDADE!

Quantos mais pessoas descobrirem isso e se permitirem o mesmo que nós, tenho certeza que o mundo será muito melhor. Pelo menos, será mais feliz!

Planos? Sim, aguardar o próximo arrastão!

Até a próxima!
Elaine Cunha

quarta-feira, fevereiro 23

Vamos cirandar? Uma ciranda diferente!

O mundo da bloglosfera é fantástico para encontramos pessoas que gostam do que nós gostamos. Quando eu fiz o meu perfil do Twitter, procurei seguir perfis agregadores para mim. Lá temos opção de interagir e, principalmente, conhecer pessoas novas.

Foi assim que encontrei "Mulher e Mãe". Grupo formado por três mulheres, mães e guerreiras: Calu, Glau e Tati. Lá trocam muitas idéias, desabafos, alegrias, angústias... Tudo relacionado à maternidade. 

E sabe o que está acontecendo de bom por lá? A Ciranda da Leitura! É como a corrente do bem dos livros! Como a própria Calu escreveu: "imagine incentivar a leitura nos seus filhos, ter momentos super gostosos com eles, fazer novos amigos e ainda conhecer um pouco do Brasil? Essa é a idéia da Ciranda da Leitura Pequenos Leitores".

Ah, papais, vovós, vovôs, titios serão bem-vindos também.  Mas você não tem filhos (como eu) e gostaria de participar? Que tal primo, sobrinho?

Não se preocupe. Os grupos serão divididos de acordo com a idade das crianças. Logo, os livros estarão mais adequados para cada faixa etária.
Interessou? Quer participar? Acessa o blog para maiores informações. Elas esperam por vocês na Ciranda.

Se eu irei participar? Não tenho filhos, primos nem sobrinhos perto de mim. Tenho as crianças do Darcy Vargas que me esperam toda semana para uma nova contação. Eba!


Excelente Ciranda da Leitura dos #pequenosleitores.


Até a próxima!
Elaine Cunha



 Imagem: blog Mulher e Mãe

terça-feira, fevereiro 22

Quer ser Contador de Histórias?

Quer fazer curso básico de formação para contadores de histórias?
Que tal numa Biblioteca temática de contos de fadas? Conhece a Biblioteca Hans Christian Andersen?

As inscrições estão abertas! Corre lá e tenta a vaga. Eu farei a minha inscrição esta semana! E você vai ficar de fora?


Curso Básico de Formação de Contadores de Histórias

Carga Horária: 60h. 35 vagas.

Inscrições de 21 de Fevereiro a 05 de março, pessoalmente na Biblioteca. (2ª a 6ª feira das 9h às 16h e sábado das 10h às 15h);



O curso será realizado na Biblioteca Pública Hans Christian Andersen. Aos sábados, das 9h às 13h, de 19 de março a 25 de junho.

Critérios de seleção:

Idade a partir de 18 anos;

Total disponibilidade para se dedicar ao curso e às atividades práticas*;



Experiência comprovada em pesquisa ou trabalhos multiplicadores na área de narração de histórias em projetos sociais, terapêuticos, educativos e/ou artísticos (profissional ou voluntário);

Bom uso da palavra em seu favor para expressar seu interesse e necessidade pelo curso.

Ficha a ser preenchida no ato da inscrição;

Carta de interesse (de preferência levar já escrita)

Levar cópia de comprovante de estudo ou atividade que realiza na área de narração de histórias.



Processo de seleção: A comissão de seleção é formada por profissionais da área não ligados à Rede Municipal de Bibliotecas. *No período do curso o aluno participará de uma apresentação na biblioteca Hans Christian Andersen e outra numa biblioteca pré agendada da rede municipal de São Paulo.

Deverá também assistir, no mínimo, três contadores de histórias e apresentar relato do que foi observado.

Endereço: Av. Celso Garcia, 4142 Tatuapé – 03064-000 São Paulo, SP Tel.: 11 2295-3447 bmhanscandersen@yahoo.com.br


Até a próxima!
Elaine Cunha

domingo, fevereiro 20

Nossas Histórias: Palavras que Curam

Navegando pelo mundo afora da internet, encontrei a Shirley do blog De volta pra casa. Fiquei encantada pela delicadeza em que ela escreveu sobre solidariedade. Convido você a se encantar também. Com a "palavra": Shirley Guimarães Melo, em Nossas Histórias.




Histórias de Curam


"Cresci ouvindo histórias contadas pelo meu pai. Contato com livros tive bem pouco, por motivos financeiros e culturais na família. Mas curtia muito minhas HQs da turma do Sítio do Picapau Amarelo. Depois de grande fui fazer uma pós em Literatura Infanto-Juvenil e me apaixonei perdidamente pelas narrativas para crianças. (Acho que já contei esta história aqui, mas tem um porquê de repeti-la.)

Na pós, minha monografia foi sobre o poder transformador das narrativas. Eu mesma tenho minha experiência pra contar sobre isso com o livro “O homem que amava caixas”. Ou seja, as histórias são uma paixão que alimento com carinho e os contos para crianças me cativam ainda mais.
E não é que, assim como eu, tem um monte de gente que também curte histórias e as usa para ajudar outras pessoas? A Associação Viva e Deixe Viver é uma instituição voltada para esta missão, de usar a literatura para ajudar crianças hospitalizadas. Não é o máximo?
Quem viu o filme ou leu o livro (comprei, mas ainda não consegui ler) Patch Adams se encanta e, como eu, vai logo pesquisar como se faz pra entrar para o grupo de palhaços dos Doutores da Alegria. Só que em minha busca descobri que, para participar, tem que ser ator com registro profissional. Daí, minhas palhaçadas precisaram ficar guardadas pra outra ocasião. Mas foi assim que que descobri o Viva (para os íntimos! ;-)).
 
Esta semana soube que a Instituição está com inscrições abertas para novos voluntários do Rio de Janeiro que desejem trabalhar nos hospitais contando histórias para as crianças. Acho que finalmente chegou minha vez de contribuir e também me encantar mais uma vez com a força da PRESENÇA AFETIVA que uma boa história pode proporcionar. E você, não quer ajudar o Viva? Vamos juntos. Afinal, um mais um é sempre mais que dois…

 

 

Sobre o Viva e Deixe Viver

É uma OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, que treina e capacita voluntários para se tornarem contadores de histórias em hospitais para crianças e adolescentes internados em nove mercados do país. Os principais recursos da Associação Viva e Deixe Viver atualmente são a leitura de obras infantis, as brincadeiras, a criatividade e o bom humor de seus voluntários.
 

Através de atividades culturais que estimulam o desenvolvimento das aptidões dessas crianças, a Associação contribui para a humanização dos serviços a elas destinados, integrando no seu cotidiano as condições sensíveis de comunicação e interação com a realidade externa.
Para realizar seu objetivo, a Associação Viva e Deixe Viver recebe como doação pelo menos duas horas semanais de seus voluntários que contam ou fazem histórias."






As inscrições para o São Paulo estão abertas também. Corre lá. Ainda dá tempo!

Que conhecer mais a Shirley? Não deixa de acessar o blog De volta para casa.

Até a próxima!
Elaine Cunha

sexta-feira, fevereiro 11

Em busca de um novo lugar para chamar de lar!

Quando eu cheguei de férias, já pensando em ir ao hospital para contar as histórias, vi um email que me deixou pensativa. Sabe quando seus planos dão com "burros n'água"? É quando você pensa: "Mas por quê?" e não entende nada?

Para te contextualizar rapidamente, o hospital que eu atuo(atuava) teve a ala pediátrica desativada e nossa contação de história foi descontinuada. Alguns voluntários já foram relocados em outros hospitais e alguns, aguardam novas parcerias. E eu, o que decidir fazer? "Não se inquieta com coisa alguma. Aquieta teu coração, permanece firme que verá o que Pai preparou para ti." Confiei na bondade do Pai, pois sei que ELE tem um plano maior para cada um de nós!

Foi uma semana de esperança em voltar a atuar. E do mesmo jeito que a porta fechou, uma janela se abriu. 

Lembra da Cristiana que escreveu aqui sobre o Arrastão? Ela me convidou para conhecer o hospital que ela atua, o Darcy Vargas. Com as devidas autorizações (da Associação e da contadora líder do hospital) lá fui eu fazer minha pesquisa de campo. Precisava saber como chegar lá.

Hoje foi o grande dia. Ao acordar cantei:

"Eu vou, eu vou contar histórias agora eu vou
parara-tim-bum
parara-tim-bum
Eu vou, eu vou, eu vou"

Com minha sacola mágica recheada de aventura, de coração aberto, lá fomos nós: Cris e eu.

Com a curiosidade aguçada como de uma criança que a tudo olha, estava prestando atenção no caminho. Olhando ao redor, saber o que tem por perto, por longe... Até que Cris fala: Chegamos! Estava se abrindo uma nova porta no mundo da contação! Entramos com pé direito!

A Cris, como minha cicerone, me mostrou a dinâmica do hospital. Guiando-me pelos andares, entramos nos quartos e piiiiiiiiii, a história começou! Foram duas horas maravilhosas ao redor de crianças que curtem nossa presença. Momentos mágicos, de puro brilho. Como é bom contar histórias! Como é bom ouvir histórias! 
É tudo de bom você ouvir um menino de 6 anos te dizer que já sabe ler. E com toda importância de uma criança já doutora no ABC, fala que ele mesmo lê suas histórias. Mas como nossa sacola é mágica, e de dentro dela saí fantasia, tudo muda. 

Quando a Cris começou a contar a história "Quem tem medo de monstro", da Ruth Rocha, ele parou de brincar com seu jogo de encaixe para ouvi-la. Logo depois, "esqueceu" do jogo e voltou-se para a história. Já no finalzinho, lá estava ele de pé, já querendo passar as folhas do livro para conhecer o fim da história. Você para e pensa: Tem algo melhor do que isto? É por isso que estou aqui. Não tem preço!

Posso te garantir uma coisa: criança é criança em qualquer hospital. Histórias são bem-vindas. Contadores são bem-vindos. Sempre! E quando você se despede, ouve uma criança de 7anos dizer: Tchau, tchau... (soltando beijo para nós duas) Vai com Deus! Tchau! E foi assim que me senti no Darcy: acolhida!

Arlete, meu coração foi tocado por Deus no Darcy, sim. Eu me senti muito feliz e agora te pergunto com todo meu coração: posso ir novamente?

Até a próxima!
Elaine Cunha


"Amor chama amor. Amor descandeia um processo de amor. Amor é contagioso. Amor pega na gente!" (Márcio Mendes)

sexta-feira, fevereiro 4

De volta ao lar!


"Atenção senhores passageiros do Vôo Azul com destino a Campinas-SP. 
Embarque imediato pelo portão 11."

Esta foi a última frase que ouvi ao voltar para casa. E foi exatamente no saguão do aeroporto de Recife que me lembrei de uma música do Jammil. Cantei-a em meus pensamentos: 
"Acabou-ou
Acabou
Acabou-ou
Acabou
Acabou
oooooooou"
Pois, é. Acabou! Acabou o que era doce. Foram exatos 48dias de férias.Que férias foi esta, mocinha?

Curti família, alguns amigos, curti lugares, passeios. Fiz tanta coisa legal. Fiquei de preguiça também. Brinquei com meus irmãos, com os filhotes. Tive susto. Fiz mais visitas ao veterinário do que imaginava fazer. Tomei banho de piscina. Tomei suco de cajá. Vi o mar, entrei no mar, andei na areia quente descalça. Curti  calor! 

Foi massa! Foi arretado! Estava solta na buraqueira. Eu me diverti demais.

Não entendeu o que escrevi? Não fique com a gota serena. Foi porque fiz um intensivão. Como é bom falar nordestinês!

Tá bom. Tá bom. Tecla SAP, por favor!

Foi massa! (Foi legal!) Foi arretado! (Foi muito bom!) Estava solta na buraqueira.(Eu estava livre, leve e solta) Eu me diverti demais. 

Lá vem o Jammil cantar de novo por aqui. Acabou! E agora, de volta ao lar!

Welcome home, my dear. Welcome home!

Hoje me despeço de você, querido leitor, de uma forma diferente. 

Um cheiro,
Elaine Cunha





Imagem: google.com