sexta-feira, março 11

Hoje é dia de histórias?


Hoje é dia de histórias? É sim, senhor!

Eu aprendi, desde pequenina, que organização é o caminho para que o dia comece sem muito alvoroço. Ainda bem que minha mãe me ensinou e eu aprendi direitinho. Ontem à noite, como costume ao dia anterior a ida para o hospital, eu faço minha lista. 

Atenção para o check list:
Crachá de identificação? OK
Avental mágico? OK
Sacola recheada de livros? OK
Muita imaginação, criatividade, amor? OK

Tudo pronto! Vamos começar?

Chegando ao 3º andar, Cris e eu fomos abordadas por uma mocinha de 14 anos que estava passeando pelo corredor. Quando viu o nosso avental foi logo perguntando: "Vocês tão passando por este andar agora?" "Sim, estamos" - respondemos. "Ah, quero ouvir histórias. Estou lá no 301!" Que bom começar logo assim, não é?

Encontramos, em outro quarto, uma linda menina de 4 anos. Ela estava prontinha para ir a brinquedoteca e quando nos viu, decidiu ouvir uma história. Cris, com um encanto maravilhoso, contou Cachinhos Dourados. E como a a K. tinha cabelos cacheados e pretos, Cris falou: "Você tem cachinhos de chocolate". Para nossa surpresa, ela respondeu: " De chocolate, não. De café. São cachinhos de café". Naquele momento, éramos cinco pessoas: Cris, Patrícia (outra companheira de contação), eu, mãe da K, e a própria K. Logo, uma criança e quatro adultos bobos com a naturalidade de Cachinhos de Café

Preciso te contar, a K. não ganhou apenas uma história, ela ganhou duas histórias. E depois, melhor ainda, ganhou alta para voltar para casa. Não tem preço!

Nossa aventura ainda continuou em outros quartos, com outras crianças. Contei novas histórias, ouvi novas histórias... Até que encontrei um menino, o G., com 12 anos. Vendo tv, conversando com a mãe. "É, pode ser sim". Foi assim que ele me respondeu ao ser perguntado se gostaria de ouvir história. Acho que estava com vergonha mesmo, porque quando eu comecei o livro "O Grúfalo", ele estava todo animado com a história do Ratinho que de bobo não tinha nada.

Quando estávamos já nos preparando para irmos embora, na brinquedoteca tinha três crianças: dois meninos e uma menina. Cris os chamou para a última história do dia. Os meninos ouviram "Quem tem medo de monstro". A menina, montando quebra cabeça das princesas, não quis ouvir. No meio da história, lá estava ela olhando comprido para os meninos. Enquanto eu guardava a pasta com nossas anotações, eu "puxei" um papo com ela. 

"Hum,  você está montando um quebra cabeça tão lindo!" Ela sorriu. Segui falando:  "Pelo visto, você gosta de princesas, não é?" Ela soltou um "sim" muito tímido. Fiquei mais encorajada e continuei: "Acho que você iria gostar de um livro que eu tenho aqui na minha bolsa. Quer ouvir?" 

Foi assim que o juiz deu mais 5 minutos de acréscimo àquele jogo. Se faz necessário eu te dizer que o livro escolhido foi  "Até as princesas soltam pum"? Acredito que não, né?

Até a próxima!
Elaine Cunha

3 comentários:

  1. Laine,
    É com organização que fazemos render nosso tempo. É com amor, carinho, afeto e simplicidade que conquistamos as pessoas. E, desta forma, VOCÊ CONQUISTA A TODOS NÓS.
    Beijos saudosos!!!

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  2. Amiga,
    foi um bom dia e que tenhamos outros mais,cheios de amor,alegria e esperança.

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  3. Nooooooooooooossssssssaaaaaaaaa que eu fiquei com vontade de ir dentro da sacola recheada de livros (em um cantinho com a cabeça de fora para respirar, caso fosse uma boneca do tipo "princesa")para presenciar momentos mágicos como esses vivenciados por você, amiga.
    Parabéns por sua sensibilidade, especialmente, na conquista dos cinco minutos de acréscimo ;).
    Beijos de encantamento!

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Abraços!
Elaine Cunha