A primeira vez que ouvi a história de um coelho branco que queria ser preto como a menina bonita do laço de fita, fiquei maravilhada! Eu lembro que esta história chegou-me como presente. Através das milhares de conversas com minha amiga linda de cabelos cacheados, ela me indicou esta belezura de narrativa. E hoje, outra amiga linda, novamente me trouxe a história à tona.
E quando eu gosto da história, quero contá-la. E no meu processo (louco) de estudá-la, eu busco informações do autor, de como ele criou a história... procuro entrar no universo daquela narrativa, tudo para "sentir" o processo criativo do autor.
E sobre esta em especial, a autora Ana Maria Machado falou assim:
"Este livro, para mim, é uma história que surgiu a partir de uma brincadeira que eu fazia com minha filha recém-nascida de meu segundo casamento. Seu pai, de ascendência italiana, tem a pele muito mais clara do que a minha e a de meu primeiro marido. Portanto, meus dois filhos mais velhos, Rodrigo e Pedro, são mais morenos que Luísa. Quando ela nasceu, ganhou um coelhinho branco de pelúcia. Até uns dez meses de idade, Luísa quase não tinha cabelo e eu costumava por um lacinho de fita na cabeça dela quando íamos passear, para ficar com cara de menina. Como era muito clarinha, eu brincava com ela, provocando risadas com o coelhinho que lhe fazia cócegas de leve na barriga, e perguntava (eu fazia uma voz engraçada): “Menina bonita do laço de fita, qual o segredo para ser tão branquinha?” E com outra voz, enquanto ela estava rindo, eu e seus irmãos íamos respondendo o que ia dando na telha: é por que caí no leite, porque comi arroz demais, porque me pintei com giz etc. No fim, outra voz, mais grossa dizia algo do tipo: “Não, nada disso, foi uma avó italiana que deu carne e osso para ela...” Os irmãos riam muito, ela ria, era divertido. Um dia, ouvindo isso, o pai dela (que é músico) disse que tínhamos quase pronta uma canção com essa brincadeira, ou uma história, e que eu devia escrever. Gostei da idéia, mas achei que o tema de uma menina linda e loura, ou da Branca de Neve, já estava gasto demais. E nem tem nada a ver com a realidade do Brasil. Então a transformei numa pretinha, e fiz as mudanças necessárias: a tinta preta, as jabuticabas, o café, o feijão preto etc."
(texto copiado daqui)
Que tal ouvir esta história, agora que você já sabe como foi o processo criativo da autora? Tenho certeza que você irá gostar!
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Depois é só torcer!
Até a próxima!
Elaine Cunha
Esta história é muito fofa.
ResponderExcluirNum país extremamente miscigenado, infelizmente o tema da diversidade étnica é muito pouco tratado.
O legal deste livro é que ele tem servido de material para o trabalho de professores nas escolas.
Eu me considero uma menina bonita que já usou muito laço de fita rsrsrs...meu marido é o coelhinho, rsrs...adoro a diversidade, a mistura...A vida colorida é mais bonita!
Beijos *_*
AMOOOOOO!!!!!! Está no meu blog, também!!!
ResponderExcluir:)
Beijos, Dadá
http://umahistorinhapordia.blogspot.com
Olá,
ResponderExcluirAmei poder conhecer um pouco mais sobre a Ana Maria Machado e saber como foi o processo para a crianção do livro. Já ouvi falar muito desse livro, mas só agora conheci a história e amei!!!
Agradeço por compartilhar aqui!!
Beijinhos e uma ótima semana para você! =D
Alba,
ResponderExcluirvocê é SIM uma menina bonita de laço de fita! Não é à toa que é minha amiga linda de cabelos cacheados!.
Você me lembrou um livro com seu comentário: "a vida é bonita colorida" Irei procurar ele pra te mandar!
Beijos
Minéia,
ResponderExcluiré gostoso quando descobrimos como surgiu, não é? Eu creio que nos aproxima do autor. Afinal, são "gentem como a gente". rs
Boa semana pra ti também!
Bjos, Elaine
Dadá,
ResponderExcluirhum.. vou procurar no seu blog a história.
Uma boa dica de leitura. Bjs, Rose.
ResponderExcluirElaine,
ResponderExcluirAcabei de assistir a história com minha filha,Maria Fernanda! Nós adoramos!
Bjs, Cris e Mafe, uma menina bonita sem laço de fita.