Hoje, 2 de abril, Hans Christian Andersen.
Então, para festejar, que tal uma bela história deste querido escritor?
Feliz aniversário, Andersen! Que bom que você nos presenteou com lindos contos. Eis um dos meus favoritos!
A Princesa e a Ervilha
Era uma vez um príncipe que queria se casar com uma princesa. Mas o nobre rapaz não iria se contentar com pouco e queria uma princesa de verdade. Ah, mas como era difícil encontrar princesas de verdade naqueles tempos. Ele viajou pelos reinos mais distantes, à procura da princesa de seus sonhos, mas todas as que encontrou, tinham algum defeito. Não é que faltassem princesas não, muitas se achavam princesas, mas a dificuldade era saber se realmente eram quem diziam ser. O príncipe retornou ao seu castelo desiludido, pois gostaria muito de ter encontrado uma princesa de verdade.
Uma
noite desabou uma tempestade no reino. Eram relâmpagos clareando o céu,
raios estrondosos e um aguaceiro danado no castelo! Em meio aos
trovões, bateram à porta e o rei em pessoa foi atender - os criados
estavam ocupados enxugando os cômodos cujas janelas foram abertas pela
tempestade.
Era
uma moça, que dizia ser uma princesa. Mas estava encharcada de tal modo
que os seus cabelos estavam em frangalhos, as roupas grudadas ao corpo,
os sapatos enlameados, as meias quase desmanchando, a menina estava um
caco... Era difícil acreditar que fosse realmente uma princesa!
Porém, a moça tanto afirmou que era uma princesa que a rainha pensou numa forma de provar se o que dizia era verdade.
Ordenou
que sua criada de confiança empilhasse vinte colchões e vinte lençóis
no quarto das visitas e, sem que a hóspede soubesse, colocou embaixo
deles uma ervilha. Aquela seria a cama da hóspede que se dizia princesa.
Quando foi dormir, a moça estranhou a altura da cama, mas conseguiu, com a ajuda de uma escada, se deitar.
No dia seguinte, a rainha perguntou como ela havia dormido.
-
Oh! Não consegui dormir direito – respondeu a moça – havia algo duro na
minha cama, que me deixou até com manchas roxas nas costas!
O
rei, a rainha e o príncipe se olharam com surpresa. A moça era
realmente uma princesa! Somente uma princesa verdadeira teria pele tão
sensível para sentir um grão de ervilha sob vinte colchões e lençóis!
O
príncipe, realizado, se casou com a princesa, e a ervilha foi enviada
para um museu e, se ninguém a roubou, ainda deve estar por lá...
Portanto, esta é uma história real!
Até a próxima!
Elaine Cunha
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Elaine Cunha