Hoje, dia 20 de julho, é comemorado o Dia do Amigo!
Para festejar este dia, trago um conto bem bonito para você! Esta no livro duplo (de um lado, "O homem que calculava", e do outro, "Os melhores contos") que ganhei da Márcia da Plenitude do Ser. Presente maravilhoso, não foi?
Então, um conto para nunca esquecer de quando escrever na areia e de quando gravar na pedra!
Dois amigos, Mussa e Nagib, viajavam pelas extensas
estradas que circulam as tristes e sombrias montanhas da Pérsia.
Ambos se faziam acompanhar de seus ajudantes, servos e caravaneiros.
Chegaram, certa manhã, às margens de
um grande rio, barrento e impetuoso, em cujo seio a morte espreitava os
mais afoitos e temerários.
Era preciso transpor a corrente ameaçadora.
Ao saltar, porém, de uma pedra, o jovem Mussa foi infeliz. Falseando-lhe
o pé, precipitou-se no torvelinho espumejante das águas
em revolta. Teria ali perecido, arrastado para o abismo, se não
fosse Nagib.
Este, sem um instante de hesitação,
atirou-se à correnteza e, lutando furiosamente, conseguiu trazer
a salvo o companheiro de jornada.
- Que fez Mussa ?
Chamou, no mesmo instante, os seus mais hábeis
servos e ordenou-lhes gravassem na face mais lisa de uma grande pedra,
que perto se erguia, esta legenda admirável:
"Viandante! Neste lugar, durante uma jornada,
Nagib salvou, heroicamente, seu amigo Mussa".
Isto feito, prosseguiram, com suas caravanas, pelos
intérminos caminhos de Allah.
Alguns meses depois, de regresso às terras, novamente se viram
forçados a atravessar o mesmo rio, naquele mesmo lugar perigoso
e trágico.
E, como se sentissem fatigados, resolveram repousar
algumas horas à sombra acolhedora do lajedo que ostentava bem no
alto a honrosa inscrição.
Sentados, pois, na areia clara, puseram-se a conversar.
Eis que, por um motivo fútil, surge, de repente, grave desavença entre os dois companheiros. Discordaram. Discutiram. Nagib, exaltado, num ímpeto de cólera, esbofeteou, brutalmente, o amigo. Que fez Mussa? Que farias tu, em seu lugar? Mussa não revidou a ofensa. Ergueu-se e, tomando, tranqüilo, o seu bastão, escreveu na areia clara, ao pé do negro rochedo:
Eis que, por um motivo fútil, surge, de repente, grave desavença entre os dois companheiros. Discordaram. Discutiram. Nagib, exaltado, num ímpeto de cólera, esbofeteou, brutalmente, o amigo. Que fez Mussa? Que farias tu, em seu lugar? Mussa não revidou a ofensa. Ergueu-se e, tomando, tranqüilo, o seu bastão, escreveu na areia clara, ao pé do negro rochedo:
"Viandante! Neste lugar, durante uma jornada,
Nagib, por motivo fútil, injuriou, gravemente, o seu amigo Mussa".
Surpreendido com o estranho proceder, um dos ajudantes
de Mussa observou respeitoso:
- Senhor ! Da primeira vez, para exaltar a abnegação de Nagib, mandaste gravar, para sempre, na pedra, o feito heróico. E agora, que ele acaba de ofender-vos, tão gravemente, vós vos limitais a escrever na areia incerta, o ato de covardia! A primeira legenda, ó cheique, ficará para sempre.
- Senhor ! Da primeira vez, para exaltar a abnegação de Nagib, mandaste gravar, para sempre, na pedra, o feito heróico. E agora, que ele acaba de ofender-vos, tão gravemente, vós vos limitais a escrever na areia incerta, o ato de covardia! A primeira legenda, ó cheique, ficará para sempre.
Todos os que transitarem por este sítio dela
terão notícia. Esta outra, porém, riscada no tapete
de areia, antes do cair da tarde, terá desaparecido, como um traço
de espumas entre as ondas buliçosas do mar.
Respondeu Mussa:
É que o benefício que recebi de Nagib permanecerá, para sempre, em meu coração. Mas a injúria. . . essa negra injúria... escrevo-a na areia, com um voto, para que, se depressa daqui se apagar e desaparecer, mais depressa, ainda, desapareça e se apague de minha lembrança!
É que o benefício que recebi de Nagib permanecerá, para sempre, em meu coração. Mas a injúria. . . essa negra injúria... escrevo-a na areia, com um voto, para que, se depressa daqui se apagar e desaparecer, mais depressa, ainda, desapareça e se apague de minha lembrança!
- Assim é, meu amigo! Aprende a gravar, na
pedra, os favores que receberes, os benefícios que te fizerem,
as palavras de carinho, simpatia e estimulo que ouvires.
Aprende, porém, a escrever, na areia, as injúrias,
as ingratidões, as perfídias e as ironias que te ferirem
pela estrada agreste da vida.
Aprende a gravar, assim, na pedra; aprende a escrever, assim, na areia... e serás feliz !
Aprende a gravar, assim, na pedra; aprende a escrever, assim, na areia... e serás feliz !
(Malba Tahan)
Até a próxima!
Elaine Cunha
ELAINE!
ResponderExcluirFELIZ DIA DO AMIGO!!
"AMIGO, palavra tão fácil de se escrever e pronunciar, mas tão difícil de ter. AMIGO, é aquele que nos ampara nos momentos difíceis, é aquele que nos crítica nos erros e fraquezas, é aquele que não engana, que não elogia para não explorar. AMIGO, é aquele que sente a nossa ausência e chora quando choramos."
Vim desejar alegria, felicidade e muito amor no coração e um final de semana iluminado, cheio de carinho e felicidade!!
“Crer, é tornar possível o impossível.”
Carinho não tem preço, doe-se.
Blogueiras Unidas 1275!
Luz e paz!
Cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com/