CAMINHANDO COM Cristiane Takemoto
Afinal, os Contos de Fadas Contribuem ou não para o Desenvolvimento das Crianças?
Olá pessoal! Estamos aqui para mais uma conversa sobre as
narrativas orais.
Em nosso primeiro encontro aqui no Caminhando e Contando, comentei
que desde sempre sou apaixonada por Contos de Fadas e por tudo que se relaciona
ao tema. Tal interesse me leva a incursões por diferentes fontes de informação.
Livros que abordam o assunto cientificamente e produções acadêmicas como teses
e dissertações são a base de minhas pesquisas todavia procuro manter a ‘cabeça
aberta’ e me interesso pelas mais distintas referências.
Nesses tempos de pós-modernidade líquida*, onde tudo é fluido e
rápido, o espaço virtual tem se configurado em terreno fértil não apenas para
divulgação de material de trabalhos como também de interação entre diferentes
pontos de vista e construção de possíveis parcerias. Ou não.
Neste amplo universo de investigação, nada deve ser excluído, pois
ainda que haja divergência, se ampliam as possibilidades de aprendizagem. Foi
assim que, em um recente tour por blogs que tratam do assunto, encontrei a
curiosa entrevista que trago hoje. Acho que ela pode nos ajudar a refletir
sobre nossa postura frente às tradicionais narrativas orais, contribuindo para a
construção de uma visão crítica sobre a literatura maravilhosa e de um
posicionamento bem fundamentado.
A referida entrevista foi publicada em 29/06/2010 na webpage da Folha de São Paulo e também pode ser encontrada aqui no endereço e, antes de iniciar o
nosso diálogo a partir dela, considero de extrema importância esclarecer alguns
aspectos:
Primeiro, gostaria de deixar explícito meu respeito ao entrevistado
e ao direito que ele ou qualquer pessoa tem de ter sua própria opinião sobre
qualquer assunto, inclusive sobre os Contos de Fadas. Nesse caso em especial, a
julgar por suas credenciais e respostas, o entrevistado demonstra competência
para discutir o assunto e seus argumentos serão tomados como objeto de reflexão
sobre o tema.
Segundo, como não conheço pessoalmente nem entrevistador nem
entrevistado, lembro ao leitor que esta matéria foi veiculada em uma mídia de
ampla circulação sendo, portanto, um conteúdo público, daí a importância de analisarmos
as colocações relacionadas aos Contos de Fadas e pontuarmos os aspectos
coincidentes e divergentes da nossa perspectiva, ocupando aqui o lugar de interlocução,
após as respostas do entrevistado, grafada em azul e indicadas pelo CT.
Esclarecimentos feitos, vamos então à matéria!
*Para conhecer essa terminologia e sua perspectiva sobre a
atualidade, leia Zygmunt Bauman.
*
Folha - Para o senhor, contos de fadas não são benéficos?
Zenon Lotufo Jr. - Um dos
problemas é que se generaliza, como se qualquer dessas histórias tivesse papel
positivo. Muitas levam ao
conformismo, usam o medo
como forma de dominação e apresentam crueldades incríveis.
CT - Curiosa esta
posição: conformismo, dominação e crueldade. Na minha visão, exatamente por não
se conformar, a Branca de Neve foge, a Cinderela chora, a Chapeuzinho
desobedece e a Bela Adormecida mergulha em um sono depressivo. O que é válido
lembrar é que nem todas as pessoas reagem da mesma maneira. Entendo que se
conformar é ficar alienado e agir como se a situação fosse satisfatória e não
percebo esse tipo de postura nos personagens dos contos. A atmosfera romântica dos contos não
significa necessariamente conformismo, mas sim um recurso literário de construção
do contexto e da identidade do leitor/ouvinte
com os personagens.
Quanto à dominação e
crueldade, esses são temas bem atuais. Partidos políticos dominam as massas com
seus discursos demagogos e assistencialismo, a mídia impõe hábitos e
necessidades fúteis e multidões sucumbem ao individualismo galopante. Vivemos
em um tempo em que serial killers e
canibais se fazem presentes em diferentes países, sem falarmos da crueldade
sistemática do atendimento à saúde pública e da fome nos países menos desenvolvidos.
Tudo bem real!
Considerando-se a diferença
entre a realidade medieval europeia e o contexto de vida em pleno mundo
globalizado, o leitor/ouvinte dos contos é apenas preparado para conviver e
superar as agruras da vida. Tudo bastante crível.
Até as versões "suavizadas"?
Os contos de fadas sempre foram adaptados às características de cada época. Os
irmãos Grimm fizeram isso. Mas há autores que dizem que eles domesticaram os contos,
que deveriam voltar a ser como eram. E eram muito cruéis. Não há provas de que a criança
se beneficie disso. Esses contos surgiram em uma cultura em que o medo era moeda corrente.
Todo mundo vivia com medo.
CT - Aqui,
gostaria de destacar três pontos:
1.
O que o entrevistado coloca como “domesticaram os contos”, entendo
como adaptações naturais ao processo de evolução da vida em sociedade. A meu
ver, tais adaptações preservam a essência das histórias e as tornam pertinentes
aos diferentes costumes de cada época. O pouco que talvez pudesse ser perdido
nessa prática é automaticamente resgatado pela longevidade dos contos. Ou seja:
se por um lado, algumas passagens são alteradas ou omitidas, por outro, o
simples fato das histórias continuarem acessíveis remete os interessados às
versões originais.
2.
As provas vão depender da fundamentação teórica e das convicções de
cada um. Quem pesquisa e busca estudos sobre o tema, vai perceber que as
crianças que interagem com as histórias tem maior desenvoltura em diversas
áreas. Linguística, psicoafetiva, cognitiva, sociocultural e em muitos outros
aspectos. No final desse estudo, o leitor poderá encontrar uma ampla lista de
autores que oferecem e reiteram as comprovações dos benefícios das narrativas
de contos de Fadas para as crianças. Mas há quem não admita tais comprovações.
3.
A cultura do medo foi típica apenas de uma época? E o que se pode
dizer sobre o nazismo, a guerra fria, a repressão em países com ditadura, a
violência gerada pelo tráfico, as milhares de guerras e guerrilhas, o ataque de
11 de setembro, desastres e catástrofes, a violência contra mulheres e crianças
e todo tipo de abuso que sempre existiu e continuará existindo? O medo é uma
sensação reativa e natural aos estímulos que podem ameaçar o indivíduo, fazendo
com que ele fique em estado de alerta. É um elemento importante para que se reconheça
os limites e para que se possa evitar situações de perigo. Ele é inevitável e, dentro da normalidade,
lidar com o medo gera autoconhecimento e fortalecimento da personalidade da
criança.
Hoje, também vivemos com
medo...Sem dúvida, mas é diferente pensar na Europa dos séculos 13 ao 18,
com a cultura da culpabilização
por meio da religião, as pestes, as guerras, a fome. Os contos de fadas de que
estamos falando surgiram nesse contexto e em grande medida reforçavam esse medo
para manter a obediência das pessoas. Em geral, culpavam as mulheres e as
crianças (quando eram curiosas e desobedientes) pelos problemas.
CT - Concordo que
os cenários são diferentes, mas se por um lado antigamente havia culpabilização
pela fome, transmissão de doenças, etc, hoje nossas crianças convivem com
muitas pressões: desde muito cedo precisam aprender a lidar com a necessidade
de serem ótimos alunos, para se encaixarem em “medidinhas certas”, para serem
vitoriosos nos esportes e por aí vai. E quando o resultado não corresponde à
expectativa? O que acontece? Frustração e culpabilização de alguém! Isso porque
não estamos falando de famílias com situações de alcoolismo, violência
doméstica e tantos outros problemas de difícil solução. Ainda assim, é preciso
acreditar que é possível superar as dificuldades. Além disso, os contos oferecem
as crianças o ambiente ideal para vivenciar seus medos e aliviar as tensões sem
correr riscos.
O fato de ter sempre um final feliz não é positivo?
A mulher e a criança
raramente têm um papel ativo no final feliz. Branca de Neve, Bela
Adormecida e Cinderela são salvas magicamente. Essa passividade das heroínas
tem uma mensagem clara: quem é boazinha, submissa, vai ser salva por um
príncipe.
CT – Interessante
essa colocação. Muitos estudiosos das narrativas de contos de fadas são unânimes
em afirmar que, na maioria das histórias, toda a trama é travada entre os
personagens femininos: são sempre as filhas, esposas e cuidadoras que se tornam
fadas ou bruxas, que sofrem e lutam. As mulheres e crianças dos contos é que
enfrentam feras e megeras para conquistar o que lhes é devido. Com exceção do
Príncipe Felipe, que luta com o dragão para salvar a bela princesa Aurora, os
demais são meros coadjuvantes que chegam no final da história e levam os
louros. Não muito diferentes de muitas famílias onde as mulheres assumem o
papel de provedoras. Por outro lado, os contos estimulam a criança a acreditar que
assim como cruzará com adversários, também encontrará companheiros em sua
jornada.
Então não seriam histórias para as crianças de hoje?
As histórias estão aí, ninguém vai suprimir isso. Mas é importante que o adulto
que conta a história discuta
esses aspectos com as crianças. Outra coisa importante é pensar se são adequadas à idade.
Criança muito pequena pode ficar apavorada e não vai entender uma explicação
que as contextualize.
CT – Nesse ponto,
concordo totalmente com o entrevistado. Ao contar a história, nada impede que o
interlocutor ajude a criança a refletir sobre a história, desenvolvendo um
olhar crítico-construtivo. O italiano Gianni Rodari diz que é um bom exercício
perguntar a criança “e se” ao final da história, levando-a a construir outras
possíveis trajetórias para os personagens da trama. Narrativas atuais, como Chapeuzinho Amarelo, Shrek e Até as Princesas Soltam Pum brincam
com os enredos mais antigos e estimulam atitudes críticas tanto em relação à
literatura quanto à realidade.
Quanto à adequação a idade,
pesquisadores ao redor do mundo estudam exaustivamente as narrativas e a
opinião geral é que a criança escolhe a história com a qual se identifica de
acordo com suas demandas pessoais: fragilidades edipianas tendem a se
identificar com Branca de Neve, conflitos fraternos, com Cinderela e assim por
diante, daí a importância de deixa-la à vontade. Na hora de escolher a versão a
ser apresentada, aí sim é importante escolher uma abordagem mais pertinente ao
leitor/ouvinte, evitando versões descaracterizadas ou com linguagem inadequada.
Além de levar em consideração as
características da edição, a idade e a maturidade, é preciso bom senso do
adulto para proporcionar a criança uma experiência construtiva.
Há entre essas histórias as que podem ser benéficas?
Algumas têm uma mensagem claramente positiva. O "Patinho Feio", por
exemplo, mostra alguém que é
maltratado porque pertence a outro grupo, ajuda a entender o problema da discriminação.
CT – Curiosa essa
perspectivas. O Patinho Feio é uma história de autoria de Hans Christian
Andersen, portanto não é originalmente um Conto de Fadas, embora seja
considerado como tal pelo senso comum. É uma história que oferece a
possibilidade de se falar de preconceito, discriminação, exclusão e bullying,
mas é preciso estar atento ao fato que pessoas com deficiências ou
características que a façam sentir estigmatizadas não são exatamente de “outro
grupo” de gente nem tampouco se transformarão maravilhosamente em seus modelos
de perfeição. De certa forma, é preciso ter cuidado com essa história para não
reforçar padrões estéticos e valores retrógrados. É importante que o
leitor/ouvinte se aceite como é, que encontre maneiras criativas de superação
das próprias limitações e que se sinta bem assim. Esse sim seria um final
feliz.
Os contos podem ajudar a criança a elaborar os próprios medos,
como perder a mãe ou ser abandonada?
Não há comprovação
de que os contos tenham essa função e de que as crianças gostam deles por isso.
CT – Bem, em
nossos encontros aqui no Caminhando, já falamos sobre isso. Em geral, todas as
crianças que conhecem os contos de fadas gostam e é isso que mantém vivo essas
narrativas através dos séculos. É por isso que os contos são sempre sucesso
garantido!
Sobre a comprovação, ela me parece mais uma posição ideológica: quem acha que não, vai sempre
encontrar justificativas para tal e quem acha que sim, se respalda em todas as
pesquisas e trabalhos científicos que mostram que o quanto os contos podem
ajudar o sujeito no movimento catártico de liberação das angústias e conflitos.
O
leitor interessado nessa discussão, deve pesquisar, ler mais sobre o assunto e
formar a própria opinião. Sugiro: Bettelheim, Amarilha, Cavalcanti, Èstes,
Cashdan, Radino, Rojo e Zilberman, para citar
apenas alguns. No final, disponibilizo algumas referências bibliográficas que
fundamentam a discussão sobre o assunto.
E por que continuam fazendo
sucesso e atraindo tanto as crianças?
Eu não sei se eles atraem
mais as crianças ou os pais. Sempre foram usados como um meio de levar à obediência: não
discuta, é assim mesmo. A Chapeuzinho Vermelho é curiosa e desobediente, por
isso se dá mal.
CT – Com todo
respeito ao entrevistado, discordo totalmente dessa resposta. Quando uma
criança de três anos pede seguidas vezes para ouvir a mesma história, ela o faz
investida das próprias emoções. Não adianta um adulto oferecer outra história.
Ela só aceitará outra narrativa quando
e se estabelecer com os personagens
uma relação. Sobre o fato de alguns pais embarcarem na fantasia, é preciso
lembrar que eles também foram criança e, embora todos tenham ultrapassado a
idade cronológica da infância, muitos adultos tem questões emocionais mal
resolvidas. Nesses casos, os contos ajudam também aos
adultos.
Sobre a obediência, recorro
ao desenvolvimento do juízo moral conforme Piaget e chamo a atenção do leitor
para as orientações de Celso Antunes, Tânia Zagury, Içami Tiba entre outros. Em
tempos modernos, se convencionou a crítica aos limites e valores morais sem se
dar conta dos riscos da permissividade e dos excessos. As crianças tem sim que aprender a obedecer, pois na vida real isso
é fundamental. O que aconteceria em nossas cidades se as pessoas não obedecessem
aos sinais de trânsito e não pagassem os impostos conforme estabelecido? A vida
em sociedade implica em direitos e deveres, ou seja, em obedecer às regras e
convenções sociais, sem as quais o convívio seria insuportável! Os contos
também contribuem nesses aspectos.
Em sua opinião, esses contos
não cabem na cultural atual?
Tanto esses contos como muitos super-heróis modernos passam a ideia de um bem
completo e um mal completo. Não acho que essa visão maniqueísta faça bem. De
uma forma geral, havendo alternativa de uma coisa mais saudável e até mais "contracultural",
acho melhor para a criança.
CT – Não entendi o
que seria exatamente uma literatura “contracultural” para crianças e de como
ela seria “mais saudável”. Sobre o maniqueísmo, concordo que ele está presente
neste gênero narrativo e acredito que deve ser observado como estereótipos a
serem questionados e desmistificados. Por outro lado, ele possibilita o alívio
emocional, ajuda principalmente a criança pré-operacional a organizar suas
ideias e sentimentos e a separar mentalmente e que vale a pena nessa vida e o
que deve ser evitado.
Seria o caso de um filme como
"Shrek", em que os personagens típicos dos contos de fada aparecem em
papéis invertidos em relação aos "bons" e aos "maus"?
Pode ser. O ogro sempre foi o mal e é apresentado de outra forma, como herói.
Isso é uma forma interessante de abordar o assunto.
CT – Aqui eu
concordo totalmente com o entrevistado e sugiro que isso seja feito com todas
as histórias, em uma conversa sobre os personagens, o enredo e diferentes
contextos que se identificam com a trama. Muitos livros já trazem histórias
assim, com papeis invertidos e até criando novos enredos como no caso de “O Fantástico Mistério de Feiurinha” (BANDEIRA, P.), "Os Três Porquinhos
Malcriados e o Lobo Bom" (PICHON, L.) e tantos outros.
É preciso, prezados leitores, que se entenda que as narrativas de Contos
de Fadas são histórias contadas em uma linguagem simbólica que acessa o
inconsciente do sujeito, estabelece uma identidade entre ele e seus personagens
e o ajuda a harmonizar conflitos e superar limitações. Essas histórias são um
poderoso instrumento catártico, permitindo a crianças de todas as idades o
direito de sentir medo, raiva tristeza e felicidade.
Gênero literário muito antigo, os contos são mais que historinhas. Eles funcionam
como uma diferente dimensão da realidade, chamada por RADINO (2003) de realidade psíquica. Esse é mais um motivo que
explica sua chegada aos dias atuais com o mesmo vigor dos tempos medievais,
quando não existia TV, PC, DVD e outros recursos moderníssimos.
Enfim, podemos concluir com segurança que os contos não só contribuem
para o desenvolvimento sócio-afetivo e cultural das crianças como se constituem
nas bases para o desenvolvimento dos processos cognitivos e de aprendizagem da
leitura e escrita além de proporcionarem encantadores momentos de interação. E
você? Qual a sua opinião? Precisa de mais informação? Quer conhecer outras ideias?
Então corra para as referências logo aí abaixo e tire suas próprias conclusões!
Mais uma vez, foi muito bom ter estado aqui no Caminhando e Contando e poder conversar com vocês sobre as maravilhosas
narrativas de Contos de Fadas. Não vou me despedir porque estarei sempre por aqui
e em breve retomaremos nosso diálogo sobre esse tema fantástico.
Um abraço carinhoso e ...até a próxima!
Cristiane Takemoto
Fonoaudióloga, Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional, com formação em
Psicanálise Clínica e Mestrado em Linguística.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS:
ABRAMOVICH,
Fanny. Literatura infantil – gostosuras
e bobices. São Paulo: Scipione, 1997.
_________. O mito da
infância feliz. São Paulo: Summus,
1983.
AGUIAR, João Serapião. Jogos para o ensino de conceitos: Leitura e
escrita na pré-escola. São Paulo:
Papirus, 1998.
AIMARD,
Paulie.
O surgimento da linguagem na criança.
Porto Alegre: Artmed. 1998.
AMARILHA,
Marly. Estão mortas as fadas? Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1997.
ANTUNES,
Celso. Jogos para bem falar São Paulo: Papirus, 2003-a.
_________. O jogo e a
educação infantil. Rio de Janeiro: Vozes, 2003-b.
_________. Relações interpessoais e auto-estima. Rio de
Janeiro: Vozes, 2003-c.
_________, A
alfabetização moral em sala de aula e em casa, do nascimento aos doze anos. Rio de Janeiro: Vozes, 2003.
_________. A
inteligência emocional na construção do novo eu. Petrópolis: Vozes,1997.
_________. Educação Infantil. Rio de Janeiro: Vozes, 2004.
_________. Glossário para educadores. Rio de Janeiro: Vozes, 2001.
_________. Um método para o ensino fundamental: o projeto.
Petrópolis: Vozes, 2001.
ARIÈS,
Philippe. História da vida privada 3:
da renascença ao século das luzes. São
Paulo: Companhia das Letras, 2001.
_________. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
ANDERSEN,
Hans
Christian. Os mais belos contos de
Andersen. São
Paulo: Editora Moderna, 2008.
BACCEGA,
Maria Aparecida. A palavra e o discurso. São Paulo: Ed. Ática, 1995.
BACHA, Márcia. A arte de formar: o feminino, o infantil e o
epistemológico. Petrópolis: Vozes, 2002.
BAKHTIN,
Mikhail. Estética da criação
verbal. São Paulo: Martins Fontes,
1992.
_________. Marxismo e
filosofia da linguagem. São Paulo:
Hucitec, 1979.
_________. O discurso
na vida e o discurso na arte. Revista
Zvezda, nº 6, 1926.
_________. Questões
de literatura e de estética – A teoria do romance. São
Paulo: Hucitec, 2002.
BANDEIRA, Pedro. O fantástico mistério de Feiurinha. São Paulo: FTD, 1999.
BEATRICE, Lorreine; LAURINDO, Roseméri. Contos de fadas na
publicidade: magia e persuasão. Blumenau: Edifurb, 2009.
BETTELHEIM,
Bruno. A psicanálise dos contos de
fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
_________. Na terra das fadas: análise dos personagens
femininos. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1997.
BRITO,
Carlo A.
O universo das narrativas.
Dissertação de mestrado PUC/SP
, 1996.
BRUNNER,
Reinhard.
Dicionário de Psicopedagogia e psicologia educacional. Rio de Janeiro: Vozes, 1994.
BUSATTO,
Cléo. Contar & encantar: Pequenos
segredos da narrativa. Rio de Janeiro:
Vozes, 2003.
CAMPOS, Dinah. O teste do desenho
como diagnóstico da personalidade. Rio
de Janeiro: Vozes, 1974.
CAMPOS, Maria Malta. Questões
sobre a formação de professores para crianças pequenas in Revista Presença
Pedagógica v.9, n.50, p.38 Belo Horizonte: Editora Dimensão, 2003.
_________. Creches e pré-escola
no Brasil. São Paulo: Cortez,1995
CASHDAN,
Sheldon. Os sete pecados capitais nos
contos de fadas. Rio de Janeiro: Campus: 2000.
CAVALCANTI,
Joana. Caminhos da Literatura Infantil.
São Paulo: Paulus, 2002.
CARVALHO,
José Augusto. Discurso e narração. Vitória: UFES, 1995.
CESARINO, Antonio
in ABRAMOVICH, F. O mito da infância feliz. São Paulo: Summus, 1983.
COELHO,
Betty. Contar histórias, uma arte sem idade. São Paulo: Ática, 1998.
COELHO,
Nelly N. Literatura infantil – Teoria, análise, didática. São Paulo: Ed. Ática: 1997.
__________. Panorama
histórico da literatura infantil. São
Paulo: Ed. Ática:1991.
__________ . O conto de fadas. São Paulo: Editora Ática: 1987.
COLL,
César.
Desenvolvimento psicológico e
educação. Porto Alegre: Artmed, 2004.
CORACINI,
M. José.
Discurso e sociedade - Práticas em análise do discurso. RS: EDUCAT, 2001.
CORAZZA, Sandra. Infância e educação – Era uma vez ... quer
que conte outra vez? Petrópolis: Vozes,
2002.
COSTA,
Maria Luiza. Piaget e a intervenção
psicopedagógica. São Paulo: Olho
d’água, 2001.
COUTINHO, Marília L. Práticas de Leitura na alfabetização de
crianças. Dissertação de Mestrado. Recife: UFPE, 2004.
CRAIDY, Carmem. O educador de todos os dias: convivendo com
crianças de 0 a 6 anos. Porto Alegre: Meditação, 2001.
CUBERES, Maria Teresa G. Entre
fraldas e letras. Porto Alegre: ArtMed, 2002.
DAHLET,
Patrick
in PARLATO, Érika O sujeito entre a língua e a linguagem. São Paulo: Lovise, 1997.
DAVINI, Juliana. Psicanálise e educação: em busca das
tessituras grupais São Paulo: Espaço
Pedagógico, 1998.
DOLTO,
Fraçoise Tudo é linguagem. São Paulo:
Martins Fontes, 1999.
DOR, Jöel Introdução ao estudo de Lacan: o
inconsciente estruturado como linguagem.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1989
DOWLIG,
Colete. Complexo de Cinderela. São Paulo: Melhoramentos, 1981.
DI LEO, Joseph. A interpretação do desenho infantil. Alegre: Artes Médicas, 1985.
ECO, Umberto. Obra aberta.
São Paulo, Perspectiva, 1968.
EIMAS,
in
PEREIRA, Miguel Desenvolvimento
psicológico e educação Porto Alegre:
Artmed, 2004.
ESTÉS, Clarissa Pinkola. Mulheres
que correm com lobos e histórias do arquétipo da mulher selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
FERNANDES,
Dirce. A literatura infantil. São Paulo: Loyola, 2003.
FERNANDEZ,
Alicia. A inteligência aprisionada. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
________ . A mulher escondida na professora. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
________ , Os idiomas do
aprendente. Porto Alegre: Artes Médicas,
2001
________ , O saber em jogo. Porto
Alegre: Artes Médicas, 2001
FERREIRO, Emilia. Alfabetização em processo. São Paulo: Cortez, 1986.
________ , Relações de
(in)dependência entre oralidade e escrita.
Porto Alegre:
Artmed,
2003.
FERREIRO, Emilia e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita.
Porto Alegre:
Artmed, 1996.
FIORIN,
José Luiz. Linguagem e ideologia. São Paulo:
Ed. Ática, 1998.
FRANÇOISE,
Fredèric. Práticas do Oral. Carapicuíba: Pró-fono, 1996.
FRANZ,
Marie-Louise Von. A interpretação dos
contos de fada. São Paulo: Paulus,1990.
________. A sombra e o mal nos contos de fadas. São Paulo: Paulinas,1985.
FREIRE,
Madalena. Modelo, imitação e processo
de formação in DAVINI,1998.
FREIRE,
Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREITAS,
Maria Teresa. Vygotsky e Bakhtin. São Paulo: Ática,2002.
FRIEDMANN, Adriana. O universo simbólico da criança. Rio de Janeiro: Vozes, 2005.
GAARDER,
Joster. O mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
GARDNER, Howard. A criança pré-escolar: como pensa e como a
escola pode ajudá-la. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1994.
GAGLIARDI, Eliana. Trabalhos com gêneros do discurso – Contos de
Fadas. São Paulo: FTD, 2001.
GILLIG,
Jean-Marie. O conto na
psicopedagogia. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1999.
GRIMM,
Jacob e Wilhelm. Contos de Grimm vol. 1 e 2 PA: L&PM, 2001.
HELD,
Jacqueline. O imaginário no poder: as
crianças e a literatura fantástica. São
Paulo: Summus, 1980.
JOBIM
E SOUZA, Solange.
Infância e linguagem: Bakhtin, Vygotsky e Benjamin. São Paulo: Papirus, 1994.
JOSÉ,
Elisabete. Problemas de aprendizagem. São
Paulo: Ática, 1989.
JUNG, Carl Gustav. Símbolos de trasformation. Buenos Aires: Paidós, 1962.
KAMII, Constance. Jogos em grupo na educação infantil. São Paulo:Trajetória Cultural, 1991
_________. Piaget
para a educação pré-escolar. Porto Alegre:Artes
Médicas,1991
KOCH,
Ingedore. A interação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 2003.
KRAMER, Sonia. Profissionais de educação infantil – gestão e
formação. São Paulo: Ática, 2005.
_________. Didática da linguagem: ensinar a ensinar ou
ler e escrever? São Paulo: Papirus, 2001.
KRUTA,
Venceslas
in Revista História Viva Ano
I nº.7
maio/2004 pg. 39.
KUPFER,
Maria Cristina. Psicanálise e educação. São Paulo: Escuta, 2001.
LAJOLO, Marisa. Do mundo da
leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1994.
LANE,
Silvia.
A linguagem e a constituição do sujeito in
PARLATO SP: LOVISE, 1997.
LEMOS,
Claudia. Língua e discurso na
teorização sobre aquisição de linguagem
III Encontro de Aquisição da linguagem.
RS, 1994.
________. Interacionismo e aquisição de linguagem. Revista DELTA 2 SP: Editora PUC-SP, 1986:
231-248.
________. Sobre a aquisição da linguagem e seu dilema
(pecado) original. Boletim da ABRALIN, 3
Recife, UFPE, 1997.
LEONTIEV,
Aléxis. Uma contribuição à teoria do desenvolvimento da psique infantil in Luria e Vygotsky: Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
LIER-DE
VITTO, Maria F.
Fonoaudiologia: no sentido da linguagem.
São Paulo: Cortez, 1997.
LIMA,
Adriana O. Pré-escola e alfabetização. Rio de Janeiro: Vozes, 1986.
LIMA,
Nadia org. O feminino na psicanálise. Maceió: EDUFAL, 2001.
LOPES, Eliane. A psicanálise escuta a educação. Belo Horizonte: Autêntica,2001
LURIA,
A. R.
Linguagem e desenvolvimento intelectual na criança in Pensamento e
linguagem. São Paulo: Martins Fontes
1989.
__________. Psicologia e pedagogia. São Paulo: Editora Moraes, 1991.
LUYTEN,
Joseph. Sistemas de comunicação popular. São Paulo, Ed. Ática, 1988.
MOISÉS,
Massaud. A criacão literária - Prosa
I São Paulo: Cultrix, 1978.
MOREIRA,
M.A. & MASINI, E.A.F.S. Aprendizagem
significativa: A teoria de David
Ausubel.
São Paulo: Moraes, 1994.
NEARY, Kevin. The ultimat Disney trivia book. New York: Hyperion, 1992.
OLIVEIRA, Marta Kohl. Vygotsky: aprendizado
e desenvolvimento, um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 1997.
ORLANDI,
Eni. Análise de discurso. São Paulo: Pontes, 2003.
PAIN,
Sara. Diagnóstico e tratamento dos problemas de
aprendizagem. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1992.
PARLATO,
Érika. O sujeito entre a língua e a
linguagem. São Paulo: Lovise, 1997.
PEREIRA,
Miguel in COLL, C. Desenvolvimento
psicológico e educação. Porto Alegre:
Artmed, 2004.
PERRAULT, Charles. Contos de Perrault. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
PERRENOUD,
Philippe. Construindo
competências. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1999.
________ . Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
PERRONI,
Maria Cecília. O desenvolvimento do
discurso narrativo. São Paulo: Martins
Fontes,1992.
PERROTTA,
Cláudia M. Histórias de contar e de escrever.
São Paulo: Summus, 1995.
PIAGET,
Jean. O julgamento moral da criança São Paulo: Editora Mestre Jou, 1997.
_______.
A linguagem e o pensamento da
criança. São Paulo: Fundo de Cultura, 1973.
_______. A construção do real na criança. Rio de
Janeiro: Zahar, 1970
_______. O nascimento
da Inteligência. Rio de Janeiro: Ed.
Guanabara, 1987.
PINO,
Angel. A criança, seu meio e a
comunicação. Revista Psicopedagogia,
vol.12, nº26, 1993.
PINTO, Graziela C. Coisa de Criança: desenho, por que não? Salvador: Ágalma,
POSTIC,
Marcel. O imaginário na relação
pedagógica. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar,1993.
RADINO,
Glória. Contos de fadas e realidade psíquica.
São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.
RAJAGOPALAN,
Kanavillil in Parlato, E. O sujeito entre a lingual e a
linguagem. São Paulo: Lovise, 1997.
RAPPAPORT,
Clara R.
Psicologia do desenvolvimento vol.2.
São Paulo: EPU, 1981.
REGO, Lúcia Browne. Literatura infantil: uma nova perspectiva da
alfabetização na pré-escola. São Paulo:
FTD, 1995.
REYZÁBAL,
Maria Victoria. A comunicação oral e sua didática. São Paulo: EDUSC, 1999.
RODARI,
Gianni. A gramática da fantasia. São Paulo: Summus,1982.
RODRIGUES, Maria
Bernadete. O espaço pedagógico. Porto
Alegre: Meditação, 1995.
ROJO,
Roxane (org). Alfabetização e
letramento. São Paulo: Mercado das
letras, 1998.
SALLES,
Léa (org). Para que essa boca tão grande? Salvador: Ágalma, 2005.
SCOZ, Beatriz org. (Por) uma educação com alma. Rio de Janeiro: Petrópolis, 2002.
SILVA,
Maria Alice. Construindo a leitura e a
escrita. São Paulo: Ática, 1988.
SOUZA, Ana Maria. Educação Infantil: uma proposta de gestão
municipal. Campinas São Paulo: Papirus, 1996.
SOUZA,
Solage J.
Infância e linguagem: Bakhtin, Vygotsky e Benjamin. São Paulo: Papirus, 1994.
SOUZA,
Walter.
O novo paradigma. São Paulo:
Cultrix, 1993.
TIBA, Içami. Disciplina: limite na
medida certa. Novos Paradigmas. São Paulo: Integrare Editora, 2008.
__________ . Quem Ama, Educa! Editora
Gente, 2002.
TODOROV,
Tzvetan. As estruturas narrativas –
Debates 14. São Paulo: Perspectiva,
2004.
__________. Introdução à literatura fantástica – Debates
98. São Paulo: Perspectiva, 2004.
TRAÇA, Maria Emília. O fio da memória. Porto: Porto Editora, 1992.
VIEIRA, Lívia M. Educação Infantil
in Revista Presença Pedagógica v.9, n.50, p.62,
Belo Horizonte: Editora Dimensão, 2003.
VYGOTSKY,
Lev. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
________
. A
formação social da mente. São Paulo:
Martins Fontes, 1984
VYGOTSKY,
Lev
LURIA,A LEONTIEV, A Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 2001.
WADSWORTH,
Barry Jr.
Inteligência e afetividade da criança na teoria de Piaget. São Paulo: Pioneira, 1997.
WANDERLEY, Daniele (org). Agora eu era o rei – Os entraves da prematuridade. Salvador: Ágalma, 1997.
WARNER,
Marina. Da fera à loira. São Paulo: Companhia das Letras: 1999.
WEIZ,
Telma.
O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. São Paulo: Ática, 2003.
WINNICOTT,
Donald.
O brincar e a realidade. Rio de
Janeiro: Imago, 1975.
_______. Tudo começa em casa. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
_______. O ambiente e os processos de maturação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1983.
ZAGURY, Tânia. Limites sem trauma.
São Paulo: Editora Record, 2006.
ZILBERMAN,
Regina. A literatura infantil na escola. São Paulo: Global, 2003.
ZORZI,
Jaime Luiz. Linguagem e aprendizagem in
Tópicos em Fonaudiologia. São Paulo:
Lovise, 1995.