quarta-feira, julho 30

Matrioska... Matri o que?

É interessante com as histórias chegam até nós. A Arlete Cavalcanti (minha amiga querida e super parceria de várias histórias) comprou a sua matrioska. Eu comentei que adorava começar as histórias com ela. A dúvida da história surgiu. E lógico que o pedido também. Pesquisei em meus arquivos e achei uma pequenina história. E para quem não conhece, segue uma das lendas mais facilmente encontradas.


As minhas bonequinhas

A lenda das Matrioskas
Reza a lenda que um artesão russo moldou uma tão bonita que relutou em vendê-la. Levou-a para casa, colocou-a junto ao criado-mudo e batizou-a de Matrioshka. Todas as noites, antes de dormir, o senhor perguntava se ela estava feliz. Até que certa noite Matrioshka pediu um bebê. O artesão esculpiu, então, uma boneca menor chamada Trioshka, serrou a Matrioshka e colocou o bebê dentro dela. Na noite seguinte, a Trioshka também pediu um bebê. O senhor fez uma nova boneca e colocou-a dentro da Trioshka – desta vez a bebê se chamava Oshka. Assim, seguindo o caminho das outras, na noites seguinte Oshka pediu um bebê, e lá se foi novamente o senhor fazer mais uma. Desta vez, pensando que isso não iria acabar mais, o artesão fez o bebê, desenhou rapidamente um bigode nele e o chamou de Ka, garantindo que seria homem e não iria pedir um bebê novamente.

Se a "árvore genealógica" diz que é Matrioska, Trioska, Oshka e finalmente o Ka com bigode.... A minha tá toda errada! Tenho também 5 bonecas e todas mulheres. Haja fertilidade! 

Bom, com licença, preciso ir. Tenho que pensar um nome para a quarta boneca e pintar um bigode no Ka. E viva a Tradição Oral! 

Até a próxima, 
Elaine Cunha


quarta-feira, julho 23

A visita

 A visita

Sobre a minha mesa, na redação do jornal, encontrei-o, numa tarde quente de verão. É um inseto que parece um aeroplano de quatro asas translúcidas e gosta de sobrevoar os açudes, os córregos e as poças de água. É um bicho do mato e não da cidade. Mas que fazia ali, sobre a minha mesa, em pleno coração da metrópole?
Parecia morto, mas notei que movia nervosamente as estranhas e minúsculas mandíbulas. Estava morrendo de sede, talvez pudesse salvá-lo. Peguei-o pelas asas e levei-o até o banheiro. Depois de acomodá-lo a um canto da pia, molhei a mão e deixei que a água pingasse sobre a sua cabeça e suas asas. Permaneceu imóvel. É, não tem mais jeito — pensei comigo. Mas eis que ele se estremece todo e move a boca molhada. A água tinha escorrido toda, era preciso arranjar um meio de mantê-la ao seu alcance sem, contudo afogá-lo. A outra pia talvez desse mais jeito. Transferi-o para lá, acomodei-o e voltei para a redação.
Mas a memória tomara outro rumo. Lá na minha terra, nosso grupo de meninos chamava esse bicho de macaquinho voador e era diversão nossa caçá-los, amarrá-los com uma linha e deixá-los voar acima de nossa cabeça. Lembrava também do açude, na fazenda, onde eles apareciam em formação de esquadrilha e pousavam na água escura. Mas que diabo fazia na avenida Rio Branco esse macaquinho voador? Teria ele voado do Coroatá até aqui, só para me encontrar? Seria ele uma estranha mensagem da natureza a este desertor?
Voltei ao banheiro e em tempo de evitar que o servente o matasse. “Não faça isso com o coitado!” “Coitado nada, esse bicho deve causar doença.” Tomei-o da mão do homem e o pus de novo na pia. O homem ficou espantado e saiu, sem saber que laços de afeição e história me ligavam àquele estranho ser. Ajeitei-o, dei-lhe água e voltei ao trabalho. Mas o tempo urgia, textos, notícias, telefonemas, fui para casa sem me lembrar mais dele.
 
(GULLAR, Ferreira. O menino e o arco-íris e outras crônicas. Para gostar de ler, 31.
São Paulo: Ática, 2001. p. 88-89)


Eu li esta crônica e guardei-a em meu coração. As recordações nos fazem ser quem somos. Nos constroem como pessoas, como verdadeiros contadores de histórias!
 
O que te faz lembrar de coisas boas vividas? Qual seria a visita que você desejaria receber? O que faz reverberar em seu ser? Reflexão. Tudo leva a sua verdade na hora do narrar!

Até a próxima! 
Elaine Cunha

domingo, julho 20

Você pode contar comigo!!!


Hoje dia 20 de julho, dia do Amigo.

Recebi um vídeo tão lindinho da amiga linda Roberta Souza, do Mix Cultural, e compartilho com vocês.

Liga a caixinha de som. Aperta o play. E aproveita!!!!





É tão bom ter alguém com quem podemos contar, não é? E melhor ainda quando nós somos as pessoas que os amigos podem contar também!

Agradeço aos amigos que me seguraram no colo, que me deram asas para voar... E me permitiram ter um novo olhar perante o mundo. Para vocês, Feliz Dia do Amigo! Saibam que podem contar comigo!

E você, gostaria de enviar este vídeo para alguém em especial?
Então, não perde tempo. Envia. Só encaminhar o post. Fácil e rápido. 
A amizade é um amor que precisa ser regado também!

Até a próxima! 
Elaine Cunha

quinta-feira, julho 17

Um companheiro para muitas emoções

Se eu te contar o que eu sempre tenho na minha bolsa você teria alguma dúvida do que é? Acho que não seria nenhuma surpresa. Pois é. Independente de onde irei, se estou sozinha ou com alguém, se é saidinha para passear ou mesmo consulta médica. Lá estará meu companheiro favorito: meu livro. Eu ando para cima e para baixo com um livro a tira colo. Na bolsa, no carro, na bolsa do filho... No momento que tiver oportunidade de ler, fico "perdidinha" na leitura.

Esta semana, o livro da vez é o "Contando Histórias, Formando Leitores" da Ruth Rocha e Ana Maria Machado pela Edtora Papirus. Comprei-o na feira do livro no ano passado. Putz, percebeu quanto tempo já faz? Lá estou eu, sentadinha numa sala de espera. Plinc. Tirei-o da bolsa e comecei. Capa, contracapa, orelhas, glossário,  sumário...  Será que tem alguém que gosta de passear tanto pelo livro para imaginar as possibilidades antes mesmo de começar a leitura além de mim? Depois de tanta viagem pela minha imaginação, que tal começar a leitura propriamente dita do livro? 

É um livro numa estrutura divertida. Eu gostei! As autoras conversam entre si e os diversas tema vão se desdobrando. Este bate-papo é tão leve, tão gostoso que você continua a ler sem ser cansativo. E as pérolas que você encontra no meio dos diálogos realmente são as famosas cerejinhas do bolo! 

"-Eita, será que eu trouxe meu lápis aqui na bolsa?"-pensei. O que me chamou atenção? Duas pérolas seguidas. Vem comigo! 

As escritoras contando como começaram a trabalhar juntas em um projeto para revista Recreio e a Ana Maria Machado lembra da emoção de contar história para a filha da Ruth Rocha. Mesmo quando a sobrinha estando com medo da história, coração mais acelerado, ela não parava de dizer: "Continua, tia. Ai que medo bom!" (pag 11). E depois, a Ruth Rocha relembra uma citação da Tatiana Belinky que dizia "que história boa é a que nos faz rir ou faz chorar" (pag11) E ainda continua ao dizer que "o que ela quer dizer é que história boa é aquela que emociona". (pag11)

Nossa, como eu acredito nestas citações! Eu lembro que desde que comecei neste mundo encantado das histórias, cada história que leio, ouço e mesmo estudo... algo fica impregnado em mim. Não tenho como não me recordar das histórias que ganhei de presente em minha vida. Não tenho como não me recordar da minha primeira história narrada lá na biblioteca, do carinho do mestre Giba Pedroza em me guiar...

Quando eu contei ao mundo que estava à espera do meu filhote, eu usei uma história. (Veja aqui post). Reescrevi uma parte dela. É uma história boa! Ela me emociona. E no chá de bebê, minha querida e amiga Dora Estevez contou esta história completinha para mim, para o marido, para o filho e para os amigos presentes. Recordo-me de sua voz doce e sua extrema sensibilidade na narrativa. Nem preciso dizer o quanto esta história é forte para mim!!! Lembrei-me de tudo isto ao ler dois pequenos parágrafos do livro citado. São ou não são pérolas que ela compartilham conosco e nos permitem viajar em nossas recordações? 

Segui minha leitura, deparei-me com mais uma grandiosidade. A Ana Maria fala que sempre gostou de ler e o entusiasmo pela leitura das crônicas. Que ela colecionava, digitava, mimiografava... Gente, senti o cheiro do estêncil molhado no álcool para os trabalhos de escola! Mais uma vez, viajei nas minhas lembranças. Sabe onde eu estava? Na casa da minha avó materna que também era professora. Ah que saudade dela.

Viajando nos pensamentos, nas lembranças, eu tinha até esquecido o que estava ali a fazer quando de repente ouvi: 

"Oi, Você é a Elaine Cunha?"

Sorri. Fechei meu livro, guardei-o na bolsa, as recordações no coração, voltei ao mundo real. E segui. A vida continua! 

Até a próxima!
Elaine Cunha

sexta-feira, maio 16

Ser Mãe!


"Respira. Serás mãe por toda a vida.
Ensine as coisas importantes. As de verdade.
A pular poças de água, a observar os bichinhos, a dar beijos de borboleta e abraços bem fortes.
Não se esqueça desses abraços e não os negue nunca. Pode ser que daqui a alguns anos, os abraços que você sinta falta, sejam aqueles que você não deu.
Diga ao seu filho o quanto você o ama, sempre que pensar nisso.
Deixe ele imaginar. Imagine com ele.
As paredes podem ser pintadas de novo, as coisas quebram e são substituídas.
Os gritos da mãe doem pra sempre.
Você pode lavar os pratos mais tarde. Enquanto você limpa, ele cresce.
Ele não precisa de tantos brinquedos. Trabalhe menos e ame mais.
E, acima de tudo, respire. Serás mãe por toda a vida. Ele será criança só uma vez"

sexta-feira, maio 9

Quando Deus Criou as Mães

Quando Deus Criou as Mães



Diz uma lenda que o dia em que o bom Deus criou as mães, um mensageiro se acercou Dele e Lhe perguntou o porquê de tanto zelo com aquela criação.

Em quê, afinal de contas, ela era tão especial?

O bondoso e paciente Pai de todos nós lhe explicou que aquela mulher teria o papel de mãe, pelo que merecia especial cuidado.

Ela deveria ter um beijo que tivesse o dom de curar qualquer coisa, desde leves machucados até namoro terminado.

Deveria ser dotada de mãos hábeis e ligeiras que agissem depressa preparando o lanche do filho, enquanto mexesse nas panelas para que o almoço não queimasse.

Que tivesse noções básicas de enfermagem e fosse catedrática em medicina da alma. Que aplicasse curativos nos ferimentos do corpo e colocasse bálsamo nas chagas da alma ferida e magoada.

Mãos que soubessem acarinhar, mas que fossem firmes para transmitir segurança ao filho de passos vacilantes. Mãos que soubessem transformar um pedaço de tecido, quase insignificante, numa roupa especial para a festinha da escola.

Por ser mãe deveria ser dotada de muitos pares de olhos. Um par para ver através de portas fechadas, para aqueles momentos em que se perguntasse o que é que as crianças estão tramando no quarto fechado.

Outro para ver o que não deveria, mas precisa saber e, naturalmente, olhos normais para fitar com doçura uma criança em apuros e lhe dizer: Eu te compreendo. Não tenhas medo. Eu te amo, mesmo sem dizer nenhuma palavra.

O modelo de mãe deveria ser dotado ainda da capacidade de convencer uma criança de nove anos a tomar banho, uma de cinco a escovar os dentes e dormir, quando está na hora.

Um modelo delicado, com certeza, mas resistente, capaz de resistir ao vendaval da adversidade e proteger os filhos.

De superar a própria enfermidade em benefício dos seus amados e de alimentar uma família com o pão do amor.

Uma mulher com capacidade de pensar e fazer acordos com as mais diversas faixas de idade.

Uma mulher com capacidade de derramar lágrimas de saudade e de dor mas, ainda assim, insistir para que o filho parta em busca do que lhe constitua a felicidade ou signifique seu progresso maior.

Uma mulher com lágrimas especiais para os dias da alegria e os da tristeza, para as horas de desapontamento e de solidão.

Uma mulher de lábios ternos, que soubesse cantar canções de ninar para os bebês e tivesse sempre as palavras certas para o filho arrependido pelas tolices feitas.

Lábios que soubessem falar de Deus, do Universo e do amor. Que cantassem poemas de exaltação à beleza da paisagem e aos encantos da vida.

Uma mulher. Uma mãe.

Ser mãe é missão de graves responsabilidades e de subida honra. É gozar do privilégio de receber nos braços Espíritos do Senhor e conduzi-los ao bem.

Enquanto haja mães na Terra, Deus estará abençoando o homem com a oportunidade de alcançar a meta da perfeição que lhe cabe, porque a mãe é a mão que conduz, o anjo que vela, a mulher que ora, na esperança de que os seus filhos alcancem felicidade e paz.

quinta-feira, maio 8

Domingo... Dia de celebrar!

Domingo tá chegando! Por aqui ainda não sei o que faremos. Só sei que o dia já é especial há muito tempo!

Não preciso te dizer o quanto a vida mudou. Porque mudou demais. Hoje não existe uma pergunta feita a mim que a primeira não seja: "E Pedro?"

É uma vida louca e insana. Posso dizer que a dedicação exclusiva é cansativa. Mas também, muito gratificante. Quer ver só? Veja este vídeo que rolou já pela internet. Você entenderá bem o que estou a falar. Puxa o banquinho. Liga a caixinha de som e duvido que você chegará ao fim sem se emocionar!




Olhar o mundo pelos seus olhos de uma criança é perfeito.É recordar a importância de se viver um dia por vez.

Domingo não terá mais gostinho simples de dia de domingo. As emoções mudaram. Ficaram mais intensas. Mais reais. Tomaram outra dimensão desde o dia que eu soube que ganharia A benção do Pai Celeste. 

Se eu pudesse resumir tudo o que eu sinto desde o dia que eu soube que já estava à sua espera... diria:

Filho. Benção. Alegria. Realização. Vida. 
Amor.


Trarei histórias especiais todas as sextas-feiras. Histórias inspiradoras para nós, Mamães. 

Até a próxima!
Feliz Dia das Mães!
Elaine Cunha

domingo, abril 20

O ovo tagarela



Lili estava dormindo quando viu a porta da dispensa se abrir e isto era sempre uma grande emoção para ela.

Esta emoção às vezes era boa e as vezes era ruim. Era sempre boa quando Dna. Lara vinha colocar coisas na dispensa pois isso sempre significava coisas novas chegando. Algumas eram bem conhecidas e Lili ficava feliz em reencontrar as batatas gorduchas e brincalhonas, as caixas de fósforos cheias de idéias brilhantes. Lili gostava muito dos biscoitos, existiam tantos tipos! As salgadas mais sérias e duronas e as doces mais amigáveis e sorridentes, as de chocolate eram a suas preferidas, um pouco louquinhas, mas de uma loucura gostosa. Esta preferência devia-se ao fato de que seu pintinho só se alimenta de biscoitos, especialmente os de chocolate. Mas o que mais a fascinava eram as novidades: conhecer pessoas novas era excitante, inesperado, as vezes chegavam até produtos que falavam inglês. Está certo que era um custo entendê-los, mas quando aprendiam falar português, quanta novidade!

As emoções tristes aconteciam quando Dna. Laura vinha buscar as coisas na dispensa para usá-las no almoço ou nos afazeres domésticos. Despedidas são sempre tristes. Se bem que existiam alguns casos nos quais Lili, e todos os outros, ficavam aliviadas, ou até alegres. É quando partiam alguns tipos chatos ou rabugentos.

Lili reconhecia muito bem quando Dna Laura vinha colocar novos habitantes na dispensa pois a abertura da porta sempre vinha acompanhada do barulhos de saquinhos de supermercado esfregando-se uns nos outros, ou de rodas de carrinho de feira, estes ruídos também determinavam o tipo de visitante que chegava: o ruído de saquinhos significava que chegariam latas de ervilha, milho, biscoitos e refrigerantes. O barulho de rodinhas indicavam que chegariam os tomates, pepinos, maçãs, bananas cantoras e atléticas cenouras.

Isto porque a entrada de determinado tipo influenciaria muito em como seriam os próximos dias: Quando eram as bananas cantoras já se previa festas e shows, quando entravam as cenouras era indicação que as ginásticas matinas, e os jogos de futebol e basquete estariam em alta. E quando entravam as duas é que Lili gostava! Não haveria espaço para o tédio: era ginástica de manhã, jogos durante o dia e festas de noite. Alegria o tempo todo na dispensa!

Mas naquele dia a novidade foi demais: quando a porta se abriu Dna Laura apareceu andando com mais cuidado do que normalmente, nas suas mãos em concha carregava algo brilhante que delicadamente colocou na prateleira. Mal ela saiu todos correram para ver o que se tratava. Era algo brilhante, com um laço vermelho enorme na cabeça e em formato de ovo.

Alguns não sabiam a identidade do visitante, mas Lili sabia bem tratar-se de um ovo de Páscoa e, se tudo fosse como sempre foi, era de chocolate! Lili relembrou as vezes que acompanhou Flávia na caçada de ovos e como isso a deixava feliz! Mas porque este ano os ovos não teriam sido trazidos pela Dna. Coelha?

O espanador foi logo falando: - Como você é ingênua bonequinha, esta história de Coelha não existe, quem traz os ovos é, e sempre foi a Dna Laura.

A bonequinha achou que isto era um absurdo mas a discussão foi interrompida pois era hora de cantar a canção de boas vindas ao recém chegado.

Todos se reuniram a sua volta, mas ele estava dormindo, delicadamente Lili tentou acordá-lo mas nada! Lili resolveu começar a cantar sendo seguida por todos, mas bem baixinho porque o ovinho parecia ser quase um nenê e poderia se assustar se eles cantassem muito alto.
Aos poucos ele foi abrindo os olhinhos e eles puderam ver que eles eram grandes e muito azuis, de um azul que lembrava o céu para quem um dia o tinha visto. A princípio ele olhou para todos assustados, mas aos poucos foi se mostrando mais confiante e até alegre, mas se estava realmente alegre eles não poderiam saber, pois o ovinho não falava. Só movia os olhos de lá para cá, dando expressões de alegria, de tristeza e de interrogação. Um tubo de esparadrapo que lá estava, devido às suas afinidades com a medicina, resolveu examiná-lo, e diagnosticou que o ovinho não falava porque não tinha língua.

Por outro lado, como a bonequinha e o espanador não chegavam a um acordo sobre quem realmente trazia os ovos, a vassoura saiu em busca de entender o que estava se passando, e todos ficaram aguardando o seu retorno. A resposta era simples: Como a coelha este ano estava muito atarefada, com medo de não dar conta de todas as entregas, trouxe os ovos com antecedência combinando com Dna Laura que só o tiraria de lá no dia da Páscoa.

- Imagine que bobagem, falou o espanador, coelha da Páscoa não existe!
- Existe porque eu já vi, gritou a bonequinha, que não queria contar esta verdade, pois tinha vergonha de um dia, contrariando as ordens de Dna. Laura, ter espiado pela janela e visto a coelhinha esconder os ovos no jardim.
- Imagine, não existe. E a discussão começou outra vez.

Quando o ovinho fechou de novo os olhinhos, sem ter falado palavra, todos resolveram ir dormir também.

No meio da madrugada a porta da dispensa se abriu, e a bonequinha sentou-se imediatamente para ver o que iria acontecer, era estranho, nunca Dna. Laura aparecia neste hora! Mas em lugar da sombra alta de Dna. Laura a bonequinha viu uma sombra pequenininha e com duas orelhas pontudas, era a Dna Coelha. Ela correu para o ovinho, fez alguns movimentos em sua boca e deu um beijinho, partindo apressada. A bonequinha, porém estava na porta e quis saber o que Dna Coelha estava fazendo lá. Ela explicou que, na pressa, havia esquecido de colocar a língua no ovinho e tinha voltado para consertar a situação, saindo logo depois apressada.

E as seis horas da manhã todos ficaram sabendo do que tinha acontecido! O ovinho acordou balbuciando algumas palavras e, devido a sua alegria em perceber que estava falando, começou a tagarelar sem parar. O ovinho falou, gritou, assobiou, cantou, aprendendo e ensinando muitas canções, e contou muitas histórias sobre a sua vida, explicando com detalhes quem era a Dna Coelha e como era a sua toca.
Todos deram muita atenção ao ovinho, cantaram com ele e ouviram as suas histórias, mas quando foram dormir, resolveram, por unanimidade, que era o espanador, que tinha duvidado de suas histórias, que deveria continuar ouvindo o ovinho tagarela até que ele cansasse.
Mas ele não cansou, falou, cantou e dançou até o dia que a Páscoa chegou!

Até a próxima!

Elaine Cunha

(História capturada do site da Editora Informal. Para vê-la na integra acesse aqui)
 

Páscoa é tempo de...

PÁSCOA é tempo de graça. É tempo de meditar, celebrar, sofrer, morrer e RESSUSCITAR COM CRISTO. É tempo de buscar, de agradecer, de plantar a paz. É tempo de oração. É tempo de abrir os braços, de dar as mãos e de ser mais irmão.

PÁSCOA é tempo de recomeçar, de libertar, de passar... Das trevas para a LUZ, do ódio para o PERDÃO, do egoísmo para o AMOR, da morte para a VIDA ETERNA.

PÁSCOA é ser capaz de mudar. É partilhar a vida na esperança. É lutar para vencer toda sorte de sofrimento. É ajudar mais gente a ser gente. É viver em constante libertação. É crer na vida que vence a morte.

PÁSCOA é dizer sim ao amor e à vida. É investir na fraternidade. É lutar por um mundo melhor. É vivenciar a solidariedade.

PÁSCOA é renascimento, é recomeço. É ver que hoje sou melhor do que ontem. É ser capaz de mudar. É dizer sim ao amor e à vida! A vitória será sempre da vida. A última palavra será: RESSURREIÇÃO!

Feliz Páscoa para todos nós. Que o sentimento de renovo esteja presente em todos os dias de nossas vidas! 


Até a próxima!
Elaine Cunha


sexta-feira, março 28

Inspiração!

De repente, muito de repente, me "peguei" pensando neste vídeo. Recebi, vi, chorei e guardei. 

Numa semana de muito trabalho, sentir o amor é uma das coisas mais fantásticas que podemos receber como presente. E o amor é assim. Simples.

O amor pode ser expresso de diversas formas, não é? Não apenas com a tradicional frase "Eu te amo!" Você sabe como dizer? Você sabe como demonstrar? 

Por aqui, Pedro ainda não fala. E aí, as reações se tornam mais intensas. E aí, nada mais gostoso do que ele correr até a mim e me dar aquele abraço. É tanta forma de dizer que ama, não é?

E se você é daquelas pessoas que não sabe como dizer que ama, demonstre. Que tal uma linda história para te inspirar? Acessa aqui e veja o que já escrevi.

Assim, trago também este vídeo. Espero que você se emocione como eu. Afinal, o AMOR está nos pequenos gestos também.





Até a próxima!
Elaine Cunha

quinta-feira, março 20

Caminhando, Cantando e Contando Histórias

Trago hoje uma dica maravilhosa da Marília Tresca! Olha só o que ela fará neste final de semana!!!!! Ainda dá tempo! Vamos lá?

22 de março 2014 – Curso “Caminhando, Cantando e Contando Histórias” 

Curso de Técnicas Contar Histórias

Orientação: Marilia Tresca - professora de Artes e Contadora de Histórias
Carga horária: 3 horas / com certificado
Data: 22/03/2014 (sábado)
Horário: das 9h às 12h
Local: Salão de Festas do Edifício Marina IV - Rua Basílio da Cunha, 1115 – Aclimação – São Paulo – SP
Investimento: R$ 50,00
Depositados no Itaú - agência 6681 conta 02204-9 em nome de Marilia Tresca Silva Telles de Mello
Inscrições: por e-mail: mariliatresca@gmail.com.br (enviar ficha de inscrição preenchida)
Ou por telefone (11) 99801-4740
Total de vagas: 15


FICHA DE INSCRIÇÃO - Curso dia 22/03/2014 (sábado)
Nome -
Endereço –
Cidade -
Telefone -
e-mail -
Idade -
Atividade exercida -
Como tomou conhecimento do curso ?
Qual o objetivo em fazer o curso ?
Vai participar do Sarau ?

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22 de março – Sarau de Contadores de Histórias
Horário: das 14h às 18h
Local: Salão de Festas do Edifício Marina IV - Rua Basílio da Cunha, 1115 – Aclimação – São Paulo – SP
Teremos:
- Contadores de histórias
- Feira de livros usados
- Lanche comunitário

A entrada é gratuita, mas traga uma prenda para nosso próximo bingo que será em junho 2014. Traga também um prato de doce, salgado ou fruta para o nosso lanche.

Faça sua inscrição para o Sarau, enviando a ficha preenchida para o e-mail: mariliatresca@gmail.com ou pelo telefone (11) 99801-4740 (Vivo)
Nome -
Endereço –
Cidade -
Telefone -
e-mail –
Vai contar história ? 

Até a próxima!
Elaine Cunha

terça-feira, março 18

E este cabelos tão lindos?


Doação: ato de dar um bem próprio a outra pessoa. E o que normalmente separamos para doar? Acho que se fizéssemos uma enquete poderíamos ter como respostas: roupas, móveis, comida. É ou não é? Pensamos sempre no material, em primeiro lugar. No palpável!

Tudo bem que eu já vi gente doando coisas mais estranhas possíveis. Mas nestes últimos dias, tenho visto uma movimentação bem diferente. Veja só!
 
Primeiro foi um vídeo no site da Uol. Uma menina, a Emily,  que cortou os seus cabelos para doar para as crianças. Originalmente, a ideia partiu dos pais da menina. Vídeo está todo em inglês. Porém, emoção é sentida mesmo se você não entender uma palavra sequer que é dita. A alegria dela fechando o envelope é única.

Veja aqui:



Logo depois eu vi no globo.com uma reportagem de Trote Solidário de uma caloura da UFSCar. A Calíope raspou a cabeça e doou os cabelos! Veja a reportagem na íntegra aqui.

Cliquei, li, emocionei-me e chorei. Confesso. E fiquei me perguntando: "O que faz alguém realizar ações desta forma para pessoas que não conhecem?
Só posso pensar em AMOR. Amor que vem do querer fazer o bem. Amor que vem do Pai Celeste. Amor! Assim, simples, puro e singelo. 

Eu vivenciei no hospital uma das experiências mais significativas para mim. Exemplo de força e luta de uma linda mocinha. Por isso, quando eu li as duas reportagens, lembrei-me, imediatamente, dela. De uma pré-adolescente que, carinhosamente chamei-a de "Mocinha das flores de pelúcias". Eu a vi perder os cabelos. E de como foi impactante para mim! Escrevi aqui sobre este momento. Dei-me conta que a perda dos cabelos não mexe apenas com a pessoa que está ali, naquele momento, lutando diante de uma doença. É um sentimento avassalador em todos ao seu redor!

Assim, ainda chorando, pensei na mocinha, pensei na Emily, pensei na Calíope, pensei em tantas pessoas que se doam para fazer o bem... Fechei meus olhos e orei. Agradeci ao Pai por tantos anjos na terra. Pelo dom da vida destas meninas inspiradoras. Orei pela Mocinha. (Tenho certeza que ela está bem onde ela estiver!!!) E por fim, pedi muita paz e luz àqueles que estão diariamente no ambiente hospitalar, àqueles que fazem a vida seguir com mais tranquilidade e alegria. 

Sabe, cada um dá o seu melhor. Assim, penso eu sobre o ato de doar. Seja algo material, seja um trabalho, costura, pintura, comidinha gostosa, companhia... Sei lá! Não importa o que seja! O que fará diferença é o sentimento envolvido na ação em si. O amor!

Eu curto contar histórias. E sei que naquele momento é uma entrega total minha para quem recebe a história. Como é bom DAR COR À VIDA! Senti, mais do que nunca saudade da minha rotina de contar histórias no hospital. "Em breve, Elaine. Muito em breve, você estará lá novamente."  Eis o meu mantra!

Até a próxima!
Elaine Cunha

quarta-feira, março 12

Curso Livre lá na Hans.

Um das bibliotecas mais queridas por mim, aqui em Sampa, é a Hans Christian Andersen, no Tatuapé. Foi lá em 2011 que conheci pessoas que carrego comigo no meu coração até hoje! 

Fiz o curso básico de contadores de histórias e ainda hoje o indico. Curso já mudou de "mãos responsáveis", mas acredito que continua a atender seu objetivo primordial de "acender a luz" do desejo, do conhecimento e o melhor de tudo, aflorar o contador que cada um é em potencial. 

Agora em março começa mais uma turma. E sabe quem ganha? Todos nós! Afinal, teremos mais contadores a espalhar mágica pelo mundo. E de quebra, ainda temos oportunidade de ouvir palestras inspiradoras. São abertas ao público. É só chegar!

Veja as duas palestras deste mês. 


PALESTRASO papel do Contador de Histórias e o retorno da alma ao mundo
Com Eliana Atihé
Certas práticas ancestrais, inspiradoras do que há de melhor em nossa natureza, vêm atuando, ao longo dos milênios, para tornar-nos mais receptivos ao outro, mais atentos para o mundo, mais sensíveis e resilientes. A experiência com a narrativa oral, vivida em grupo, é, se não a mais antiga, certamente a mais duradoura e significativa instância de formação de nossa vida interior. O retorno do contador de histórias a um mundo hipertecnológico e desumanizado acena para a reconexão com valores e condutas que apelam a nossa essência humana mais profunda, da vida compartilhada e tocada pelo significado.
Dia 15 de março às 14h



ANALUOrigem das histórias e suas classificações: como analisar e roteirizar uma história
Com Ana Luísa Lacombe
Nesta palestra os alunos tomarão contato com universo das histórias: mitos, fábulas, contos de fadas, lendas. Um breve panorama de onde elas surgiram e como foram se disseminando pelo mundo. Uma breve explanação sobre o estudo da estrutura narrativa fazendo pontes com estruturas arquetípicas.
Dia 29 de março às 9h

Ah, antes que eu me esqueça. A biblioteca fica bem pertinho da estação do metrô Tatuapé. 
Endereço: Av. Celso Garcia, 4142 Tatuapé – 03064-000 São Paulo, SP 
Tel.: 11 2295-3447 
Email: bmhanscandersen@yahoo.com.br


Até a próxima!
Elaine Cunha 

terça-feira, março 11

Você lê para seu bebê?


Lembra que eu te contei sobre a experiência do meu Pedro na brinquedoteca da escola? Se você não viu, acessa aqui. Veja a sessão fofurice. Own! Mamãe até suspira!

E aí, eu perguntei como é pelo lado daí. Vou te dizer, é tão bom saber que a corujice não é apenas aqui em casa. Olha só:

Lidiane Vasconcelos, mãe de primeira viagem como eu, editora do site Bicha Fêmea, contou como ela faz com seu pequeno.  


“Eu leio para o Artur desde que ele era bem pequenininho. Quando ele ainda não pegava as coisas, ficava com os olhinhos arregalados para o colorido das páginas. Agora que ele está crescidinho, ele mesmo pega o livro para folhear, por isso prefiro livros de folhas com papel bem rígido ou de tecido, assim ele fica à vontade, sabe? Eu mostro os desenhos, conto a historinha, ele olha pra mim, sorri, passa as páginas, e eu acho tudo isso uma delícia. Os livros de folha rígida ou tecido ficam em fácil acesso. Quando ele quer, vai lá, pega e lê. Do jeitinho dele, mas lê.”

Já a Carol Marchetti, mãe de duas meninas lindas, Amanda de 4 anos e Alana de 1 ano, me contou: 


“Eu leio sim e é uma delícia! Geralmente quem escolhe a história é a Amanda e na sua maioria, contos com princesas. O papai também costuma ler para as pequenas! Gostamos muito, tanto de livrinhos bem como histórias inventadas.”


Que maravilha saber que muitas crianças têm oportunidade de ouvir histórias. É um momento tão único, tão ímpar. Eu não preciso te dizer que a criança desenvolve outras habilidades como linguagem, imaginação, criatividade, não é?  

E aí, se você ainda não conta histórias para seu filho, ficou animada?
Afinal,  gosto pela leitura se fortalece pelo exemplo. 


Ah, tive uma ideia. Hum... depois te conto! Prometo!

Até a próxima!
Elaine Cunha

sábado, março 8

Dia da mulher: Fátima, a fiandeira!

Dia Internacional da Mulher! 

Eu fico pensando na luta das mulheres russas por uma vida mais digna, com melhores condições de vivê-la, praticamente a beira da guerra. 

Hoje, muitas vezes, o que vemos é que a data transformou-se em receber uma rosa em algum lugar. Não estou dizendo que não seja importante o mimo. De forma alguma, até porque EU AMO receber flores! Só não gostaria que o motivo da comemoração não fosse esquecido na sua finalidade.

Hoje, eu gostaria de escrever para as Arletes, Flávias, Doras, Kátias, Joyces, Robertas, Nadjas, Alines, Silvanas, Lênias, Lidianes, Priscilas, Crizaldas, Fátimas... Todas as mulheres guerreiras! Que lutam a cada dia para fazer o dia melhor. Que são mulheres mães, mulheres trabalhadoras, mulheres empreendedoras... vivem para educar, para construir, empreender, amar! Que fazem da missão de ser mulher com doçura e firmeza. Mulheres que fazem a diferença! Todas representadas pela Fátima!

Recebam um mini-conto narrado, lindamente, pela Ana Luísa Lacombe. De uma história que nos lembra que, independente dos problemas, a garra da mulher sempre se tornará um diferencial! Afinal, aprendemos a andar com as nossas quedas. É ou não é?

A vocês, meu Feliz dia da Mulher! Que seja festa todos os dias!




Se quiserem ler o conto por completo, acessem aqui.

Até a próxima!
Elaine Cunha

terça-feira, março 4

O Nó do Afeto!

Há alguns dias, aqui em casa, tem acontecido a mesma situação: meu marido chegando do trabalho e o pequeno dormindo. E sempre a mesma fala: 
-Ah, ele já está dormindo! - Num tom de saudade misturada com tristeza por não ver o filho acordado. 

E foi exatamente neste momento que me recordei de uma história simples, singela e muito forte. Encaminhei-a ao marido e escrevi: Para você e Pedro! É bem antiga. Porém, a emoção sempre me toma. E assim, convido a você a ler! 

O Nó do Afeto!
(Desconheço Autor)

Em uma reunião de Pais, numa Escola da Periferia, a Diretora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos. Pedia-Ihes, também, que se fizessem presentes o máximo de tempo possível.
Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhasse fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar a entender as crianças.
Mas a diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou a explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo durante a semana. Quando ele saía para trabalhar, era muito cedo e o filho ainda estava dormindo. Quando ele voltava do serviço era muito tarde e o garoto não estava mais acordado. Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família. Mas ele contou, também, que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho a que tentava se redimir indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa. E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia, religiosamente, todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.
A diretora ficou emocionada com aquela história singela e emocionante. E ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.
O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras de um pai ou uma mãe se fazerem presentes, de se comunicarem com o filho.
Aquele pai encontrou a sua, simples, mas eficiente. E o mais Importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.
Por vezes, nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos o principal, que é a comunicação através do sentimento. Simples gestos como um beijo a um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais que presentes ou desculpas vazias.
É válido que nos preocupemos com nossos filhos, mas é importante que eles saibam, que eles sintam isso. Para que haja a comunicação, é preciso que os filhos "ouçam" a linguagem do nosso coração, pois em matéria de afeto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras.

É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o ciúme do bebê que roubou o colo, o medo do escuro. A criança pode não entender o significado de muitas palavras, mas sabe registrar um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó. Um nó cheio de afeto e carinho.
E você... já deu algum nó no lençol de seu filho, hoje?

Bem verdade que ainda é cedo para dar o nó o lençol. No entanto, quando chegar a hora, eles saberão! 

Até a próxima!
Elaine Cunha

quinta-feira, fevereiro 27

O Carnaval do Jabuti


  Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô ô (...) ♪ 

Tá chegando o Carnaval!!! E aproveitando o momento de festa, que tal uma história para nos alegrar? Trago hoje uma história divertida, do Valmir Ayala.  





O Carnaval do Jabuti

Narrador: Uma vez os animai s da floresta resolveram fazer uma festa de carnaval, e cada um queria se fantasiar de outro bicho. O coelho ficou todo animado:
Coelho: - Vou me fantasiar de leão! Tenho muita vontade de ser forte e ser rei. (rugido)
Narrador: A formiguinha ficou toda assanhada:
Formiguinha: - A minha fantasia vai ser de abelha, pois quero voar. HI HI HI.
Narrador: O leão falou entusiasmado:
Rei leão: - Para parecer maior vou me fantasiar de elefante.
Narrador: A raposa era a organizadora da festa. Ela perguntou ao jabuti:
Raposa: - Qual vai ser sua fantasia jabuti?
Jabuti: - Ora bolas, vou me fantasiar de jabuti.
Raposa: - Ah não! Não pode, porque você já é jabuti.
Narrador: Mas o jabuti nem ligou. A raposa ficou furiosa porque ela queria provar ao rei que os animais estavam todos descontentes e queriam ser outros bichos. Então para convencer o jabuti, a raposa mandou o mosquito conversar com ele.
Mosquito:(zzzzzzz) Senhor jabuti, o senhor é um desmancha prazeres (poinhoin) Põe uma fantasia de cobra!
Jabuti:- Não! É muito apertada para o meu casco.
Mosquito:- (zzzzzzz) Então, que tal uma fantasia de gambá?
Jabuti:- Credo! É muito fedida. Não quero. Vou de jabuti e pronto!
Narrador: A raposa decidiu:
Raposa: - Já que o jabuti não quer se fantasiar de outro animal, não vou deixá-lo ir ao carnaval. Isto mesmo! HÁ HÁ HÁ HÁ.
Narrador: A raposa então mandou o João de Barro tampar a porta da toca do jabuti, da noite para o dia.
No dia seguinte (tempo), o jabuti, se esforçou, se esforçou (batendo em algo)  até conseguir abrir outro buraco e conseguiu sair de sua toca.Então  A raposa foi falar com o rio:
Raposa: (barulho de água de rio) Seu rio, por favor, mude o seu leito, para impedir que o jabuti vá ao carnaval.
Narrador: O rio concordou. Mas o jabuti então chamou um jacaré, seu amigo e atravessou o rio no lombo dele.
Jabuti:- Obrigado pela carona amigo jacaré!
Narrador: A raposa vendo que não conseguiu nada resolveu proibir a entrada do jabuti no salão. Mas o jabuti, no caminho para o carnaval encontrou seu amigo macaco.
Jabuti:- Amigo macaco vamos ao carnaval?
Macaco: - (barulho de macaco) Ih, não posso jabuti, fui proibido de ir porque sou muito bagunceiro.
Jabuti:- Tenho uma ideia.(plim) Vá a frente, e diga que você  é o jabuti fantasiado de macaco. E faça toda bagunça que puder, eu chego depois.
Narrador: O macaco deu cambalhotas de alegria ( fiu fiu fiu ) e foi ao carnaval. Ao chegar, a raposa quis proibir a sua entrada.
Raposa: - Macaco, você está proibido de entrar aqui!
Narrador: E o macaco respondeu:
Macaco: - Ih, não tá me reconhecendo dona raposa, sou eu, o jabuti fantasiado de macaco.
Raposa: - Ah! Que bom que mudou de ideia jabuti. Entre logo que a festa já começou. (toque de música carnavalesca) 
Narrador: Foi assim que o macaco enganou a raposa. E assim que entrou, o macaco conseguiu arrancar as fantasias de todos os animais. Foi um escândalo.  ( pessoas reclamando). Depois que o macaco acabou com a festa o jabuti chegou, a raposa chorando, apontou para ele:
Raposa: - Jabuti, foi você seu mequetrefe. (com voz de choro)
Narrador: E o jabuti ria sem parar.
Jabuti:- (Há Há Há) Baile de carnaval sem macaco não é carnaval dona raposa. Agora vamos dançar cada um com o rabo que tem, com as orelhas que tem, com as garras que tem, sem máscaras, afinal somos felizes assim.
Narrador: E o rei decretou:
Rei leão: - O carnaval continua, vamos festejar minha gente!
Narrador: O carnaval continuou mesmo, todos dançaram felizes até o sol raiar. (toque de música)







Bom Carnaval para você!
Até a próxima!
Elaine Cunha