sexta-feira, janeiro 31

Coleção Folha: Contos e Fábulas para crianças




Gente, saiu uma nova coleção de livros da Folha de São Paulo! Fofurice pura! E olha, do jeito que eu gosto: Contos e Fábulas. Já viram? São contos tradicionais! Ai que delícia! Amo! Foi lançada no último domingo. E todo lançamento é especial, não é? Foram dois livros pelo preço de um! 

Quando eu vi no site a coleção, já fui falar com a mocinha da banca de revista para separar o meu primeiro livro. Sabe por que? Eu gosto de ver primeiro antes de me arriscar a comprar a coleção inteira e não gostar. 

Vou te dizer: tão lindinho, viu? Capa dura, ilustrações lindas, grandes e coloridas. Meu pequeno, curioso por natureza, adorou ficar passando as folhas. O texto escrito com tamanho bacana para leitura. Eu penso que poderia ser um tamanho um pouco maior, mas aí entraria uma diagramação diferente entre texto, imagens... Já não sei se ficaria interessante. E o Cd com a história? Ah, Pedro ouviu comigo o primeiro Cd e deu altas risadas. Principalmente quando ouviu a voz da madrasta! Quando eu vi os Cd´s, recordei da coleção Disquinho. Os Cd´s são coloridos. Inclusive, recordei de minha infância. Tudo porque eu tinha um LP (olha isso, como faz tempo!) da história "O Cão e a Raposa" e adorava ouvir. Ai ai. Suspirei!

Bom, voltando ao tempo de agora... Conheça a coleção. Visite o site da folha. São 25 livros. Cada um mais legal do que o outro. Ah, acredita que terá a história da "Dona Baratinha"? Pelo cronograma, será dia 23/fev. Ainda dá tempo de começar a sua coleção via banca de revista. Ou se preferir, compra no site lotes ou coleção completa. Lembra que coleção completa sempre tem desconto. Se for assinante Folha ou UOL, desconto é maios! E o bolso agradece! 

Este post não é publieditorial. Eu indico porque gostei mesmo. Mas se a Folha me desse a coleção, ficaria feliz também! 

Veja aqui o vídeo da propaganda da coleção. E ainda verá, rapidamente, as ilustrações do livro "João e Maria".

Coleção Folha: Contos e Fábulas. Eu indico! ;)

Até a próxima!
Elaine Cunha

sexta-feira, janeiro 17

O Bosque das Cerejeiras


Sexta-feira! Dia de Histórias! E hoje eu trago um conto belo. 
Espero que gostem!



O Bosque das Cerejeiras
 Lin Chang, chinês de velhas tradições, plantara há muitos anos, perto de sua casa, em Suniang, um bosque de cerejeiras.

Era um bosque belíssimo, conhecido pela exuberância de suas árvores, pela doçura e colorido dos frutos, graças ao cuidadoso Lin Chang, que amava o bosque mais que os valiosos objetos de jade e porcelana de sua casa.

Ver florir, toda primavera, o bosque das cerejeiras, vê-lo colorir-se no outono com a beleza dos frutos, era uma festa em seu coração e em seu olhar.

Certo dia, Lin Chang precisou fazer uma viagem de negócios à vizinha cidade de Yanshii. Lá encontrou, por acaso, um velho sábio que pregava as antigas verdades no centro de uma praça cheia de sol. Nem o mestre nem os jovens ouvintes afastavam-se em busca de sombra, preocupados em ensinar e aprender.

A cena impressionou Lin Chang; de volta ao lar, já não lhe parecia tão amena a sombra do bosque das cerejeiras. A lembrança do ancião e seus discípulos expostos à inclemência do sol diminuía o prazer das coisas agradáveis de sua vida. Porque Lin Chang amava a Sabedoria tanto quanto ao bosque, e admirava aqueles virtuosos sábios dedicados a transmitir a Verdade às novas gerações.

Uma idéia brotou em seu espirito… Por que não ofertar o bosque das cerejeiras ao venerável mestre e aos discípulos? Ali, à sombra das árvores, teriam ambiente para estudo e meditação. A venda dos frutos seria um meio de sustento, e poderiam dedicar, assim, maior tempo ao estudo.

Deveria ou não – vacilava – desfazer-se de seu bosque? A indecisão o amargurava… Mais de uma vez aprontou-se para sair ao encontro do mestre, mas, hesitante, voltava sempre atrás.

Certa manhã Lin Chang acordou decidido. Foi a Yanshii e ofertou o bosque das cerejeiras ao mestre e aos jovens estudiosos da Verdade.

A dádiva foi recebida com alegria, como bênção divina; o velho sábio agradeceu a Lin Chang a oportunidade de orientar os discípulos sem expô-los aos excessos do sol.

Passados alguns dias, mudaram-se para o bosque em Suniang, onde o mestre passou a pregar à sombra das cerejeiras.

As aulas tornaram-se mais agradáveis, cresceu o aproveitamento dos discípulos. Para Lin Chang era motivo de satisfação ver ali o venerável mestre cercado de jovens, e ele mesmo, algumas vezes, ia ouvir as lições ministradas.

Certa manhã, o ancião chamou um dos discípulos e disse:
- A época das chuvas está a meio caminho. É nosso dever podar as cerejeiras, para que dêem bons frutos.

O jovem, no mesmo dia, começou a podar as árvores. Lin Chang, quando o viu, não conteve o descontentamento. Surpreso e indignado, procurou o mestre:
- Por que não me chamastes, venerável senhor, para podar as cerejeiras, mandando alguém fazê-lo sem avisar-me?
- Não desejamos incomodar-te, generoso Lin Chang. Deste-nos o bosque; nosso cuidado demonstrará quanto estamos agradecidos.
- Eu mesmo podava as cerejeiras, todos os anos… Ninguém conhece, como eu, a melhor maneira de fazê-lo.
- Temos conhecimento disso, respeitável Lin Chang… Mas não te preocupes, saberemos tratar com carinho as cerejeiras que nos ofertaste com tanta generosidade. Aguarda a época da colheita… Verás que não te decepcionaremos.

Lin Chang cumprimentou o mestre e afastou-se. Sentia-se descontente. Ele, o doador, que sempre cuidara do bosque, ele que o plantara e vira crescer, não fora chamado, nem consultado, para podar as cerejeiras… Como poderiam bem cuidá-las, desprezando sua experiência?…

Ressentido, desabafou a mágoa em conversa com os discípulos. Estes ouviram, silenciosos, constrangidos, sem nada comentar. Mas a partir daí, o bosque das cerejeiras não lhes parecia tão ameno.

O tempo passou, vieram outros dias… A primavera floriu as cerejeiras, fazendo mais alegres e agradáveis as lições. Lin Chang, aos poucos, esqueceu a mágoa, voltou a ser cortês e atencioso.
Porém, já não sorria ao ver o sábio e os discípulos entre as árvores floridas.

Certo dia, o mestre falou aos jovens:
- Devemos fertilizar o bosque das cerejeiras para que os frutos nasçam com vigor.

Lin Chang estava, nesse dia, em viagem de negócios. Ao retornar, viu com surpresa os discípulos ocupados em adubar a terra. Revoltado, correu ao mestre:
- Venerável senhor, por que mandastes adubar o bosque das cerejeiras?
- Para fertilizá-lo, generoso Lin Chang.
- Sem procurar, sequer, consultar-me sobre o melhor adubo?
- Compreendemos tua preocupação, Lin Chang mas fica tranqüilo… O adubo foi apropriado. Temos grande carinho com este bosque, oferecido a nosso trabalho por tua generosidade.

Lin Chang, em leve curvatura, despediu-se e afastou-se. Porém, não estava tranqüilo… Seu amor próprio sentia-se ferido, o descontentamento sombreava as boas tendências de sua alma.

Assim, chegou o outono, amadurecendo os frutos das cerejeiras, tornando-os cor de carmim. O velho mestre falou aos discípulos:
- Estes são os frutos da generosidade de Lin Chang, nosso doador; não devemos negociar com eles. Façam a colheita, levem os frutos à cidade, mas vendam por pequeno preço a quem não possa comprar ofereçam graciosamente.

Os discípulos cumpriram as ordens do mestre. Encheram cestos com frutos e levaram à cidade, vendendo por preços acessíveis, presenteando-os às criança e aos pobres.

Lin Chang, que passou à tarde pela cidade, quando os viu ficou profundamente ofendido. Era demais… Vender suas cerejas, as mais rubras e doces da região, a qualquer preço, dá-las a crianças e mendigos… Que desperdício! Estavam atirando fora sua dádiva.

No dia seguinte, bem cedo, foi ter com o mestre. Encontrou-o debaixo de uma cerejeira, a observar a colheita.
- Senhor – disse Lin Chang – como pudeste vender minhas cerejas a tão baixo preço? São as melhores da região… Por que desperdiçá-las assim?

O ancião olhou Lin Chang com serenidade, sem deixar de reparar no tom possessivo com que este se referira às cerejas. E respondeu:
- Será farta a colheita, Lin Chang, e pequenas são nossas necessidades. Julgamos acertado estender aos outros os benefícios que nos proporcionaste.

Pensávamos poder dispor dos frutos do bosque de cerejeiras. Mas enganamo-nos, perdoa-nos…
- Dei-vos o bosque e as cerejas, sábio senhor, mas não para que desperdiçassem frutos tão saborosos e puros… – disse Lin Chang, enquanto recolhia uma cereja que nesse instante caíra da árvore, aos seus pés.

Já ia saboreá-la, levando-a à boca, quando o mestre o interrompeu, dizendo:
- Generoso Lin Chang, não te parece justo, antes de comer esta cereja, indagar da árvore o que desejas que faças?
- Como, senhor? Não vos compreendo…
O sábio homem dirigiu o olhar à cerejeira que sombreava e perguntou à árvore:
- Generosa árvore, o que desejas que Lin Chang faça com o fruto que lhe ofertaste espontaneamente.
Deve comê-lo? Ou preferes que Lin Chang o venda?
Queres que o guarde para replantar? Desejas que ele o ofereça a alguém?
- Mestre, não compreendo… Não vistes que a cereja, desprendeu-se da árvore, caiu aos meus pés?
- Sim, Lin Chang… Da árvore desprendeu-se a cereja, ela é tua. O mesmo deves fazer quando ofertares um fruto, porque apenas assim ofertarás realmente.

Diante dessas palavras, Lin Chang não pôde esboçar explicação ou desculpa. Permaneceu calado, titubeante, enquanto o sábio lhe dizia:
- Queremos restituir o bosque das cerejeiras; não nos agrada ser motivo de intranqüilidade para ti. Fica com ele, Lin Chang… Voltaremos à nossa praça em Yanshii. Quando desejares, procura-nos, que lá estaremos.

O velho sábio despediu-se e foi embora, seguido pelos discípulos, de volta à antiga praça onde pregava sob o sol e chuva.

De suas generosas palavras, ensinando a verdade, dizem que nasceram árvores, muitas árvores, que proporcionavam sombra, flores e frutos a todos que as buscavam.

Lin Chang permaneceu em seu bosque. Porém, desde que o mestre de lá se afastou com os discípulos Lin Chang, o homem que deu mas não se desprendeu do bosque das cerejeiras, nunca mais pôde sentir-se dono dele.


Até a próxima!
Elaine Cunha

segunda-feira, janeiro 13

Histórias por aí

Todo começo de ano eu faço aquela "limpa" nos meus arquivos no computador. E sabe o que percebi? Não conte aqui no Caminhando algumas ações bacanas que eu fiz ainda no ano passado! Ô cabeça de vento! Eu andava tão louquinha de jogar pedra que passou batido! Não me conformo em não ter escrito sobre este momento ímpar antes. Interna a Mamãe! Certamente, meu filho diria isto! Mas resolvo isso rapidinho. Farei um "revival" destas ações, tá?

Uma destas que A-M-E-I fazer - farei sempre que for convidada - foi na Biblioteca Anne Frank. Minha querida amiga, e também contadora de histórias, Joyce Néia me convidou para uma tarde maravilhosa por lá! Levamos histórias às pessoas do Grupo Alto Astral - Melhor Idade e, à crianças da EMEI Tide Setubal.  

Escolhi algumas histórias, preparei minha mala, aqueci eu coração e lá fui eu! Quer dizer, lá fomos nós. Levei o filhote comigo! Ah, foi primeira visita do pequeno numa biblioteca pública. E melhor ainda, ele ainda ouviu as histórias. Mamãe é coruja mesmo! ;)

Tarde chuvosa, mas nada tirou o brilho daquele dia. O salão com crianças pequenas e crianças da melhor idade! Brincamos, cantamos, sorrimos, ouvimos e contamos histórias. E ainda me diverti muito com o Pedro sendo paparicado por todos. E depois, aquela leitura individual para o meu leitor mirim. Uma delícia de dia! Confere aí algumas fotos!


Esquentando os pequenos para começar!


Joyce Néia


Eu, as crianças e Pedro ;)


Joyce e eu. Só na diversão com os pequenos.



Meu pequeno leitor.



Até a próxima! 
Elaine Cunha

quarta-feira, janeiro 8

Chegou a hora, Sampa!


Curte contar histórias? Para crianças? Quer ser contador de histórias voluntário no hospital? As inscrições estão abertas na Associação Viva e Deixe Viver para São Paulo! E sabe o que percebi? O processo seletivo está com cronograma mais enxuto! Será tudo em seis meses. Incluindo as palestras, treinamento no hospital e a formatura.

Olha o que te espera!!! Confere o cronograma:
08 de Fevereiro – Palestra: “Princípios e Diretrizes da Associação Viva e Deixe Viver”. Apresentação da Associação Viva e Deixe Viver e do processo de treinamento.

22 de Fevereiro – Palestra: “Fundamentos Filosóficos do Voluntariado Contemporâneo”. Educar para a solidariedade pressupõe recuperar conceitos que não se reduzem a sentimentalismos ou a uma vaga ideia de assistencialismo. Solidariedade tem a ver com a solidez de uma vida em sociedade, a qual se apoia na vida da família e na de outras comunidades.

15 de Março – Palestra: “Planejamento Pessoal e Administração do Tempo. Propõe aos participantes uma visão sobre as diferentes atividades do seu dia-a-dia, proporcionando uma reflexão sobre a inserção da ação voluntária em meio às demais responsabilidades.

29 de Março – Palestra: “Formação de Leitores e Contação de Histórias”. Apresentar aos participantes as principais técnicas de contação de Histórias, recursos e os benefícios da leitura, baseada no prazer, na identificação, no interesse e na liberdade de interpretação.

12 de Abril – Palestra: “Ambientação Hospitalar / O mundo da Saúde”
Abordar a realidade hospitalar, os cuidados necessários com a higiene e com as sinalizações, o respeito pela equipe multidisciplinar e pelas normas do hospital.

26 de Abril – Palestra: “A descoberta do Brincar Educacional”. Utilizar o brincar educativo como uma alternativa para enfrentamento da condição de hospitalização, favorecendo a continuidade do desenvolvimento integral da criança.
                                   
17 de Maio – Palestra: “Processo de Morrer / Lidar com as Perdas”.  Fala sobre o paciente terminal e sua família, o conforto físico, social e espiritual, além do processo de luto.

19 a 29 de Maio – Vivência Terapêutica** (escolher apenas um dia)
Oportunidade de expressar os conteúdos assimilados no Processo Seletivo. Dinâmica que propõe a reflexão sobre questões emocionais que surgem durante a atuação junto às crianças e aos adolescentes nos hospitais.

07 de Junho – Palestra: “Workshop: Conhecendo as especificidades da Rede de Hospitais Parceiros e o Uso Ético do Avental”. Ouvir as diversas especificidades dos hospitais parceiros da Associação, abordando a importância do voluntário conhecer a demanda para sua atuação e a importância do preenchimento do diário do contador. O uso do avental aborda a importância de uma atitude positiva nas diferentes situações do cotidiano, em especial, na atuação voluntária.

14 a 26 de Julho - Sarau** (escolher apenas um dia). Oportunidade de vivenciar uma situação de contação de histórias e orientação para desenvolver está técnica.

28 de Julho a 30 de Agosto – Treinamento nos Hospitais. Conhecer o ambiente hospitalar, as regras do hospital e iniciar a contação de histórias e incentivo a leitura para as crianças e adolescentes a partir do monitoramento de um voluntário mais experiente.

23 a 29 de Agosto – **Conversa Viva: “Assumindo seu Contador de Histórias”. Discutir as experiências vividas e enfrentamentos durante o processo de treinamento monitorado. Impactar os novos voluntários transcorrendo todo o processo preparatório de 9 (nove) meses que ele teve que passar para chegar à etapa final.

31 de Agosto – Formatura: “Celebrando a Arte de Ler, Brincar e Contar Histórias”.

Vou te dizer. Adoro este cheirinho de coisa nova no ar! É uma renovação! Bom demais! Toda vez que as inscrições abrem e quando uma nova turma de contadores chega "ao mercado", eu sempre me recordo da minha turma. Foi um marco em minha vida. Quer ver como foi? Clica aqui.


Se você quiser ingressar neste mundo, faz a sua inscrição. A única certeza que tenho é que seus dias ficarão ainda mais coloridos.

Posso te pedir um favor? Conta para mim! Eu ficarei muito feliz em saber tá? Quem sabe, não nos encontramos pelo mundo afora das histórias, não é?


Até a próxima!
Elaine Cunha

segunda-feira, janeiro 6

E os Contos de Fadas?


Navegando por aí, achei um post super interessante. O título já me chamou atenção: "Os 5 Contos de Fadas com versões originais mais macabras". Bem verdade que algumas informações eu já sabia. Sim, sim. Eu sempre achei que a Bela Adormecida bobinha demais. Mas daí o suposto Príncipe usar e abusar é demais, né? Vale a leitura!Você poderá se surpreender!

E aí, lembrei-me da coluna "Caminhando com" que teve seu lançamento com a doce Cristiane Takemoto. Sabe sobre o que ela escreveu? Sobre os Contos de Fadas!!!

Você leu? Se sim, vale relembrar. Caso não, aproveite a leitura. Fica o meu convite!

Então, vamos lá para a sequência:


Boa leitura!

Até a próxima!
Elaine Cunha

quarta-feira, janeiro 1

Meus desejos para 2014!

Meus desejos para 2014!


E lógico, muitas novas histórias para viver, contar, recontar, ouvir e encantar


"Imagine uma nova história para sua vida e acredite nela." (Paulo Coelho)

Feliz 2014! Feliz seja você. Sempre!

Até a próxima!
Elaine Cunha