quarta-feira, abril 29

Ah, memórias...


Quero te contar do curso "Contos Biográficos" que estou concluindo com a Anna do @contoterapia. Eu resolvi viajar nas minhas memórias afetivas... E cheguei aqui. Neste momento. No início de tudo! E como nunca escrevi sobre isto aqui, trouxe esta recordação para cá. Afinal, tanta gente nova por aqui no perfil que acho que é gostoso me conhecer mais e saber alguns caminhos. De como cheguei no mundo das histórias. Num post inicial do Caminhando e Contando exatamente em 5 de agosto de 2010. Uau! Quase 10 anos! Na foto, euzinha com o avental de treinanda de contadora de histórias pelo @vivavdv. E como relembrar é reviver... Bora junto se emocionar?
"Desde que cheguei a São Paulo, não tinha achado nada com minha cara. Soube do trabalho da Associação Viva e Deixe Viver quando morava em Recife, mas somente aqui decidi, efetivamente, conhecer o trabalho de perto. Esperei um ano para a abertura das inscrições, pois só abrem em janeiro. Candidatei-me e esperei.
Eu tinha um objetivo claro em mim: ser contadora de história.
Quer saber o porquê a contação me encanta?
Certa vez li que a arte de contar história é como um portal, que representa uma passagem para um lugar desconhecido. E mesmo não tendo conhecimento prévio desse lugar, somos transportados para lá. Logo, o desconhecido passa a ser um lugar familiar. Linda a definição, não é?
Aprendi durante as palestras da associação que sempre podemos fazer a diferença para alguém. A história ajuda a criar, imaginar, vencer obstáculos, superar conflitos. A criança poderá vivenciar novas possibilidades através da leitura.
Qual, então, o papel do Contador?
É ele quem leva todas essas possibilidades. Ele leva um final feliz!
Aprendi, também, que não tenho como saber, nem como medir o impacto causado na vida do outro pela história. De como a história irá impactar a minha pessoa. Só experimentando pra saber.
Aqui vou eu Caminhando no mundo da contação de histórias e Contando como este desafio me faz crescer como ser humano."
Neste 10 anos muita água já rolou rio abaixo... E o meu amor pelas histórias continua!
E você, o que estava fazendo há 10 anos atrás? Fez algo ou te aconteceu algo que mudou sua vida?

Até a próxima!
Elaine Cunha

quinta-feira, abril 23

Como ler por prazer?


Hoje é dia mundial do livro. E com toda certeza do mundo este post não será o único que te falará sobre o hábito de leitura! Fato!

Meu desejo é que você perceba que meu último post aqui, eu perguntei qual livro marcou sua infância. E recebi muitos recados inbox, pelo whatsapp, face... E confesso, fiquei muito emotiva. Porque a cada título de livro, tinha uma história por trás. Eu viajei nos detalhes dos porquês daquele livro ser especial. Eram momentos vividos e marcados com muito amor.

E aí, te digo sem medo de errar: a leitura só se torna hábito se trouxer satisfação. Já pensou nisto? Se ler não for agradável, corre-se o grande risco de desistir. E aí.... Quen quen quen... Nada de leitura como hábito poderoso e uma excelente ferramenta de desenvolvimento.

Mas como se faz isto?
Escolha o livro certo para você!

Qual livro de encanta? Qual te emociona? Qual faz você ficar até madrugada lendo sem querer parar até saber o final do mistério?

E como descobrir? Teste! Leia! Eu adoro ir em bibliotecas e olhar... Pego um que me chamou atenção, abro e leio. Gostei... Sigo um pouco mais. Não. Devolvo. E sigo. Tá tudo bem!

Leia por prazer! É importante sim aprender novas palavras, vocabulários, comunicação, imaginação... Mas antes de tudo! Prazer!

Faz isto aí. Sei que o nosso dia a dia de mães nesta quarentena não está nada fácil. Mas, se permita. Faça disto um auto-cuidado. Leia por prazer nem que seja 5 páginas por dia. Melhor poucas lidas do que nenhuma!

Eu vou te dizer o que ando lendo. Eu, na minha porção adulta, estou lendo um livro sobre Comunicação Não-violenta. E minha porção criança... Ah está é rebelde... Pego qualquer um bem colorido e tô feliz.

E você, qual livro você está lendo ou que tá na fila para ler?

Até a próxima!
Elaine Cunha

sábado, abril 18

Qual livro marcou sua infância?



Hoje é Dia Nacional do Livro Infantil, sabia? Em comemoração ao nascimento do ilustre Monteiro Lobato! E hoje vou te contar um segredo! Acho que devia ter uns 8- 10 anos, sei lá... Na minha Primeira Eucaristia ganhei um livro de um casal de amigos que moravam na frente de minha casa. Não me recordo os nomes dele (Minha nossa! Mãe, ajuda aí, por favor!). Lembro da Sra me entregando um pacotinho e o Sr e dizendo que ele tinha lido aquele livro quando era mais jovem e que tinha gostado. Este simples detalhe de que ele conhecia a história já tinha aguçado minha curiosidade. Recordo de ter aberto o pacote ali mesmo. E fiquei olhando, contemplando, a capa do livro. Era uma capa branca, e quase tudo nela era escrito em tons diferentes de verde. Tinha um menino sentado numa grama e dos seus dedos, dos polegares, saiam flores! Nossa, pirei! Como assim, saiam flores dos dedos? Você já sabe qual livro estou falando? "O menino do dedo verde" do Maurice Druon da Editora José Olympio. Fecho os olhos e me recordo (pouquíssima coisa. Isto me diz que tá na hora de reler este clássico!) da história do menino Tistu. Ele era muito feliz e com um dom excepcional. Ele tem o dedo verde! O polegar verde! E bastava tocar seu polegar para que surgissem plantas e flores. Eu me recordo muito deste livro pela forma que ele chegou até mim. Numa festa de celebração, ganhei um livro! Isto ficou tão forte em mim que eu ofereço como presente as crianças também livros até hoje. E explico o motivo da escolha daquele livro para a criança ou para os pais. Planto a semente. Esperando que o toque mágico do dedo verde faça florescer o amor pela leitura! Então, hoje te proponho uma viagem em suas memórias de crianças para me dizer. "Qual livro marcou sua infância?" Conta aí. Acredito que a história você pode até não se lembrar os detalhes - feito eu. Mas tenho certeza que o motivo deste livro ser especial, sim!

Até a próxima!Elaine Cunha

sexta-feira, abril 17

"Brincando de Mindfulness"



Por aqui, desde que começamos o isolamento social devido ao #covid19, tem sido um exercício diário de muita paciência, tolerância, acolhimento e amor. Contudo, mesmo tendo tudo isto dentro de mim, não tem sido fácil não, viu?
O pequeno anda mais agitado. É aquela impaciência tão comum as crianças nesta geração de ter muitas opções de brincadeiras e afins e não conseguir sossegar numa atividade até o final. Parece ser uma criança menor de 4 anos. Confesso.
Vi nos stories da @dra_nathy_chrispim a indicação do “Brincando de mindfulness: 50 exercícios para praticar a atenção plena com crianças” da @patriciacalazans pela @matrixeditora. E pensei como uma proposta bacana de usar com as crianças.
Eu já tinha visto nas livrarias aqui, mas nunca senti necessidade de fato. Mas aí, a água da maré sobe e bate onde? Decidi comprar e experimentar!
Confesso que ao receber e abri e li cada folha. Fiquei maravilhada com as propostas simples, divertidas e muito eficazes de cada exercício. No mesmo dia a noite, antes de dormir, inclui no nosso ritual da noite (leitura, música de relaxar, oração e dormir) fazermos juntos uma cartinha. E propus a ele uma estratégia... Para os momentos desafiadores, ele abrir a caixinha e fazer um exercício.
Eu te indico para você fazer com sua criança. E também te digo, se medo algum de parecer ridícula, faça você também, viu? Porque momentos desafiadores neste isolamento todos nós temos, não é? Importante é saber como reagirmos a ele!
Tá aprendendo a lidar com momentos desafiadores também por aí?

Até a próxima!
Elaine Cunha

quinta-feira, abril 16

Mestre, como posso enfrentar o isolamento?




Recebi esta mensagem de uma amiga que ainda está mexendo comigo. Deixo aqui para você desejando que te toque, assim como me tocou na alma. E quando tudo isto acabar, você consiga responder:

-O que isto fez por mim?

...

"Mestre, como posso enfrentar o isolamento?

Limpa a tua casa. A fundo. Em cada canto. Mesmo os que nunca sentiste a coragem e a paciência para limpar. Torna a tua casa brilhante e bem cuidada. Remove poeira, teias de aranha, impurezas. Mesmo no lugar mais oculto. A tua casa representa-te: se cuidas dela, também te cuidas.

- Mestre, mas o tempo é longo. Depois de cuidar de mim e da minha casa, como posso viver o isolamento?

Conserta o que pode ser corrigido e remove o que não precisas mais. Dedica-te à colcha de retalhos, cose o início das calças, costura bem as bordas desgastadas dos vestidos, restaura uma peça de mobiliário, repara tudo o que vale a pena reparar. O resto, deita fora. Com gratidão. E com a consciência de que o seu ciclo terminou. Consertar e remover o que está fora de ti permite corrigir ou remover o que está por dentro.

- Mestre e depois o quê? O que posso fazer o tempo todo sozinho?

Semeia. Até uma pequena semente num vaso. Cuida de uma planta, rega-a todos os dias, fala com ela, dá um nome, remove as folhas secas e as ervas daninhas que podem sufocá-la e roubar energia vital preciosa. É uma maneira de cuidar das tuas sementes interiores, dos teus desejos, das tuas intenções, dos teus ideais.

-Mestre e se o vazio vier visitar-me? ... Se vier o medo da doença e da morte?

Fala com eles. Prepara a mesa para eles também, reserva um lugar para cada um dos teus medos. Convida-os para jantar contigo. E pergunta-lhes por que vieram de tão longe para a tua casa. Que mensagem eles te querem trazer. O que eles te querem comunicar.

- Mestre, acho que não posso fazer isso ...

- A tua questão não é isolar os problemas, mas o medo de enfrentar os teus dragões internos, aqueles que sempre quiseste afastar de ti. Agora não podes fugir. Olha nos olhos deles, ouve e descobrirás que te colocaram contra a parede. Eles isolaram-te para que pudessem falar contigo. Como as sementes que só podem brotar se estiverem sozinhas.



Até a próxima!Elaine Cunha