sexta-feira, fevereiro 5

Ouvi uma historia... E chorei...

 



Esta semana, ouvi uma história narrada pela querida Anna da @contoterapia onde o pano de fundo era o sentimento de ser ouvido, de ser visto... Eu confesso que chorei de soluçar no final da história. Mas eu não imaginei o que aconteceria comigo no outro dia...

Treta aqui com Pedro! Eu queria porque queria que ele seguisse um cronograma de atividades diárias que havíamos feitos juntos. E ele me disse assim: "Ná, você quem fez. Eu não opinei em nada."

Oi? Como assim? Pensa como fiquei, né? Um misto de raiva "Ah, moleque. Fez comigo e agora não quer seguir. Tá pensando o que?"

O que fiz? Rasguei nosso cronograma. Choro de um lado. Muita raiva de outro. Eu me afastei. E fiquei bem longe. Para me acalmar.

Final do dia, bem tardão, conversamos. Expliquei que não gostei do comportamento dele porque havíamos feito juntos. E que não foi imposição minha, como ele havia dito. Porém, mesmo eu não tenho intenção de, ele sentiu como se tivesse sido.

Então, sugeri para ele mesmo fazer o cronograma conforme como ele achava que deveria ser. Ele fez. E mudou tudo! Horários bem loucos, para meus olhos.

No outro dia, deixei -o seguir seu cronograma. Não houve atrasos para escola. Alguns horários deram certo. Mas houve alguns check lists não realizados. E chegamos vivos no final do dia.

E a lição maior ficou gravada em mim. Mesmo fazendo juntos o cronograma, para ele, EU FIZ seguindo como EU queria seguir. E quando ele refez, ELE fez como ELE queria fazer.

Ele estava se sentido igual a menina Alice! Feliz da vida por saber que era real! E eu? Agradeci a chance de ouvir uma bela história que me preencheu e na hora mais precisa, ela me deu subsídios para ressignificar. Eu literalmente saí do papel dos pais que não ouviram a sua filha, e ocupei um novo papel, o da Garçonete, que enxergou a menina na sua individualidade e respeitou suas vontades.

Não estou dizendo aqui que as vontades dos nossos filhos serão sempre atendidas não. Apenas um convite para olhar para o que de fato é importante: o caminho ou o caminhar?

E as histórias? Ah, sempre estarão a nos impulsionar neste caminhar!

Confere a história lá no perfil da Anna no Instagram, tá?

Elaine Cunha
Contadora de Histórias

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Elaine Cunha